domingo, 15 de julho de 2012

É Bíblico a Prática da Dança na Igreja?


Irmãos, vivemos dias em que realmente devemos estar de olho em Jesus e, estar de olho em Jesus é estar de olho em sua Palavra, pois ele é a Palavra.
O argumento de quem defende a prática da dança esta fundamentado basicamente em dois textos do Antigo Testamento, a saber: Ex 15.20 e I Cro 15.29. No primeiro texto aparece Mirian dançando e no segundo supostamente Davi esta dançando também.
Mas será que o fato de Davi e Mirian terem dançado no Antigo Testamento traz isso como doutrina para a igreja de Cristo? 



 Vejamos:

1. ETIMOLOGIA
Todas as palavras traduzidas no Antigo Testamento como “dança” ou suas derivações (hebr. Machowl, lyx chiyl, raqad; greg. choros) podem ser traduzidas como: torcer, girar, dançar, contorcer-se, temer, tremer. Isto significa dizer que essas palavras são polissêmicas, isto é, têm vários significados.
Portanto no caso do texto de I Crônicas 15.29 onde Davi aparece dançando adiante da arca poderíamos dizer que de acordo com o original Davi pulou, saltou, rodopiou, etc.Tendo em vista as varias possibilidades de tradução, é obvio que não podemos extrair uma doutrina de um texto veterotestamentário muito menos de uma palavra que tem varias traduções.
Todas as doutrinas Bíblicas devem estar fundamentadas tendo como base os textos do Novo Testamento.

2. ENSINO DO ANTIGO TESTAMENTO
Todas as vezes que se encontra alguém dançando no Antigo Testamento essa dança sempre está relacionada a um contexto de guerra vencida, uma zombaria ao inimigo derrotado (Ex 15.20; Jz 11.34; 1 Crônicas 13.8; 15.29; 2 Samuel 6.14), todavia, não é encontrado no Antigo Testamento nenhum texto em que alguém dance num culto litúrgico, ou seja num culto de adoração ao Deus de Israel.
Para refrescar nossa memória, lembremos como era o culto ao Deus de Israel no Antigo Testamento:
No templo, o culto era o mais impeditivo possível. Os que entravam no átrio eram somente os sacerdotes, den­tre esses somente o sumo-sacerdote adentrava ao santo dos santos. Ao povo em geral não era dado o direito de pisar o átrio. Os homens tinham o seu espaço, as mulhe­res outro mais atrás, os gentios atrás do muro. No culto ao Deus de Israel não existia dança, todavia no culto aos ídolos e falsos deuses a dança estava presente na liturgia, isso fica claro em Ex 32.19 onde o povo que acabara de sair do Egito começa a adorar o bezerro de ouro com danças.

Portanto, no culto do Antigo Testamento não existia dança, isso se dava somente no culto aos deuses pagãos

3.ENSINO DO NOVO TESTA­MENTO
A parabola do filho perdido faz uma referência sobre dança, todavia não como caráter doutrinario, mas demonstrando tão somente um costume do folclore judaico, sendo assim, esse texto, outrossim, não pode ser usado como doutrina.
Em Lc 23.36 aparece no original da palavra escarneciam a palavra grega “empaizo” que é oriúnda de dançar, gracejar, etc. O que os soldados fizeram com Jesus foi uma espécie de dança satânica, por isso, a dança não poderia entrar como forma de culto da igreja primitiva, por se tratar de um costume pagão.
Portanto, não encontramos no Novo testamento nenhum apostolo, nenhum membro da igreja primitiva e nem Jesus dançando ou ensinando alguém a fazê-lo em um culto de adoração a Deus. 



Não há respaldo Bíblico.

4. ANÁLISE EXEGÉTICA
Ora, o fato de Davi e Mirian terem dançado não significa de modo algum que podemos trazer isso como prática para a igreja neotestamentária, se assim fora o fato de o povo de Deus ter guardado o sábado, rasgado suas vestes, etc, no Antigo Testamento nos obrigaria a fazê-lo também. Primeiro que, quando Mirian dançou, ela havia acabado de sair do Egito, mostrando que sua dança era algo que ela havia aprendido no Reino de faraó. Segundo porque, quando Davi dançou diante da arca essa palavra dança pode ser traduzida como pular, zombar,etc, e isso aconteceu fora do culto litúrgico.

5. ANÁLISE ECLESIOLÓGICA
Estudando a eclesiologia encontramos os vários ministérios que Jesus instituiu na Igreja.O Novo Testamento revela-nos todos os ministérios existentes na igreja, a saber: Apóstolos, profetas, evangelistas, pastores, mestres(Ef 4.11); há também uma lista em 1Co 12.28. Não encontramos nenhum respaldo bíblico para dizer que existe um “ministério de dança ou de coreografia”. 



Encontre a palavra dança em I Co 14.26!

quinta-feira, 5 de julho de 2012

O problema do julgar: Até onde ir com a tolerância?


"Quem é você para julgar teu próximo? Acaso estás se colocando na posição de Deus?"

Um dos argumentos mais usados em debates apologéticos, em quaisquer fóruns de debates - cristãos e não cristãos - versa sobre a questão do julgamento. Boa parte deles é derivada da famosa passagem bíblica, tratada como se texto de lei fosse: "Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão." (Mateus 7:1-5). Acontece que, como sabemos, muitos equívocos são cometidos quando alguém tira a passagem bíblica de seu contexto, e termina por deturpar o ensino bíblico sobre a questão do julgamento.

1. Da necessidade de julgar
Afinal, qual a raiz do problema? O ser humano, até como instinto de autoproteção, começa a colocar - ou até a impor - freios numa situação de conflito. É, de fato, desagradável uma sensação de antagonismo, vinda de quem quer que seja. Se a pessoa consegue se armar, inclusive psicologicamente, é um bom aspecto; difícil é quando a pessoa se sente acuada, sem ter como enfrentar a força contrária. Restam-lhe alternativas possíveis: render-se, atacar ou o escape. Render-se fica sem cogitação; atacar só é possível com as armas certas; daí que lhe vem, até como meio instintivo de sobrevivência, buscar um escape. Nisso vem a problemática do "não julgar" que, como colocado pelo argumento da tolerância, não possui qualquer validade, senão é uma tentativa errônea e grosseira de se fugir de uma questão.
Esse instinto de sobrevivência, em nome da cordialidade e da tolerância, mascara por vezes uma atitude arrogante de quem não admite a perda, diante de evidências ou argumentos mais fortes. Escorar-se numa pretensa base bíblica não conduz a nada, mas acaba sendo uma alternativa contra quem levanta o argumento e também não está devidamente protegido contra a "falácia do não julgar". Falácia é um argumento que possui a aparência de verdade e legitimidade, mas que no fundo esconde uma enorme mentira.
A cordialidade e a tolerância, levada a limites fora da normalidade, conduz a um comportamento incoerente e insensato. O crente é levado pelo seu Senhor a provar pensamentos e atitudes, a exercer suas faculdades mentais para promover uma análise de tudo o que se lhe apresenta aos olhos. Não fosse assim, Paulo não teria recomendado aos crentes: "Examinai tudo. Retende o bem" (1 Tessalonicenses 5:21). Em outra passagem, o mesmo Paulo exorta aos coríntios: "Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados" (2 Coríntios 13:5). Os crentes de Bereia examinavam as Escrituras para conferir se o que os apóstolos ensinavam era, de fato, verdade (Atos 17:11). Jesus mesmo manda que exerçamos nosso discernimento, examinando as Escrituras (João 5:39). Examinar, analisar, pesquisar, procurar, são atitudes do intelecto, que precisa exercer sua capacidade de juízo. Julgar, então, é necessidade de quem caminha com Jesus. Obedece-se aos mandamentos somente por meio da análise de uma situação real e com o juízo transformado pelo poder da Palavra de Deus, a fim de se produzir uma atitude. Se o crente não pudesse julgar, como viveria a realidade dos mandamentos de Cristo? Seria ele submisso a dogmas, impostos por um deus raivoso e mesquinho, que se preocupa tão somente em exigir comportamentos diversos de uma civilização, já corrompida pelo pecado? Entendemos que não. Deus sempre mostra, por toda a Bíblia, que sua Palavra tem finalidade educativa. Os versículos áureos sobre a importância das Escrituras demonstram plenamente esse fator: "Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra" (2 Timóteo 3:16-17).
Vê-se, então, que há coerência na atividade do julgar, inclusive por necessidade de se viver uma vida cristã autêntica, com plena capacidade de discernimento, orientado em obediência às Escrituras. Outro aspecto é a condução necessária do crente na atividade julgadora, uma vez que ele deva examinar todas as coisas e reter o que é bom. Sendo assim, por que pautar-se numa suposta tolerância e expressão de cordialidade para supostamente eviatr um confronto?

2. Do julgamento justo
Aparentemente a tolerância ensinada por Jesus deva ser observada em quaisquer circunstâncias. Cita-se também a passagem em que Jesus liberta a mulher adúltera, partindo-se do seguinte encadeamento de ideias: "Jesus condenou quem tivesse pecado e perdoou a adúltera - Ora, Jesus tem o poder de julgar alguém, e sou pecador - Logo, eu não posso julgar ninguém". Esse raciocínio também é falacioso. A inferência à primeira afirmativa não leva em consideração que Jesus usou-se de um julgamento com um importante adjetivo: "justo". Nisso ele exerceu um julgamento coerente, dada a situação em que se apresentava a condenação pura e simples de uma adúltera, sendo que seus algozes cometiam adultério e coisas até piores aos olhos de Deus às escondidas. O sentido do ensino de Jesus era demonstrar a força do perdão divino a quem cometeu uma série de pecados, não de produzir apenas um julgamento e execução de sentença conforme a Lei de Moisés. Caso ele apenas condenasse a adúltera, demonstrando somente a necessidade da aplicação da lei, que estaria fazendo, senão uma repetição de atos de pecadores, embora ele mesmo não tivesse pecado? Seu ensinamento estaria em franca contradição, ainda mais sendo Jesus conhecedor dos corações de cada um da multidão que se preparava para lapidar a mulher pega em adultério.
Com isso, havemos de discernir sobre o julgamento justo. Deus tem sua medida de justiça, e com ela exorta os homens: Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas? Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida? Então, se tiverdes negócios em juízo, pertencentes a esta vida, pondes para julgá-los os que são de menos estima na igreja?" (1 Coríntios 6: 2-4) Em todos os períodos há a certeza de que os santos haverão de julgar, seja o mundo, os anjos, ou até mesmo as coisas pertencentes a esta vida. O dever de um santo é julgar. Santo é aquele separado por Deus para constituir um povo eleito e para exercer, perante todos, as ordens de seu Pai celeste no que este comandar. Se isso deve ser feito até entre irmãos - versículo 5: "Não há, pois, entre vós sábios, nem mesmo um, que possa julgar entre seus irmãos?" - quanto mais no que diz respeito a outros assuntos, conforme a necessidade?
A restrição bíblica que se faz a esse respeito está exatamente no termo "justo". Julgamento sem justiça produz injustiça. Se Deus investe os seus santos crentes com a capacidade de a tudo julgarem, Ele o faz requerendo justiça; caso contrário, não é julgamento que proceda do Deus cujo nome é Justiça. Deus requer que o homem faça justiça: "Assim diz o SENHOR: Guardai o juízo, e fazei justiça, porque a minha salvação está prestes a vir, e a minha justiça, para se manifestar" (Isaías 56:1). Repare o leitor acerca da importância de se praticar a justiça, a fim de que a própria justiça divina se manifeste. Não fosse assim, por que Deus incluiria na lei mosaica o mandamento de não se fazer injustiça no juízo (Levítico 19:15)? O justo age exatamente como o salmista: "Fiz juízo e justiça; não me entregues aos meus opressores." (Salmos 119:121). Deus ama a justiça e o juízo (Salmos 33:5); naturalmente, seus filhos amados haverão de observá-la e exercê-la e, ao agirem assim, nada mais farão do que a vontade do Pai.
Sendo assim, fazer julgamentos e exercer a justiça é próprio de quem caminha com Deus, conquanto o faça com a mesma motivação justa de seu Pai celeste. Se, porventura, o crente distorce a justiça, e passa a julgar por seu próprio entendimento, sem que haja fundamento baseado na verdade da Palavra de Deus, ele proferirá um julgamento injusto. Ele se tornará um hipócrita, que não enxerga as próprias falhas e vê as menores praticadas por seu irmão, assim como Jesus diz no texto de Mateus 7. Ele se tornará inimigo da verdade e condenado a suportar o mesmo fardo de justiça que tentou impor a quem não tinha culpa. Nisso estão as opiniões puramente pessoais, baseadas por vezes em suposições preconceituosas e relegadas a costumes, sem qualquer embasamento bíblico; isso também esconde um comportamento legalista ou ascético, que impõe a dureza da letra da lei para que o incauto, debaixo de uma força normativa, venha a se calar e a acatar os mandamentos como lhe são apresentados, sem ponderar. O mesmo comportamento legalista é aquele que provoca a simples conclusão de que "o crente não deve julgar", contrariando João 7:24: "Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça".
Outro texto usado pelos defensores do "não julgar" encontra-se em Romanos 14:10: "Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo". A solução para esse aparente problema encontra-se justamente na segunda questão: "por que desprezas teu irmão?" Ora, se há desprezo por parte de quem julga, então o julgamento é parcial, interesseiro. Logo, não é justo, e não deve ser feito. O julgamento com justiça persiste, portanto.

3. O comodismo e os perigos da tolerância
O comportamento legalista de comandar um "não julgamento" encerra dois perigos: o de produzir comodismo e o de tolerar o pecado. A postura cômoda de não enfrentar uma ideia antagônica torna-se perigosa por produzir indiferença quanto à verdade. Exalta-se a ignorância, com o pretenso argumento de que "no dia do Juízo Deus trará a lume todas as coisas, e que para isso não estamos preparados". Ora, Deus nos deu discernimento para usá-lo; se não o fazemos, cometemos pecado. O fato, ademais, de não termos como vislumbrar um julgamento futuro de todas as coisas não nos dá o direito de ignorarmos o ensino do exercício do juízo, inclusive para assuntos relacionados à nossa jornada nesta terra. E ainda: exercemos nesta vida propósitos e promessas que nos são dadas por Deus, e para tanto ele dá pessoas como juízes, inclusive para executar juízos em seu Nome. Relegar ao "etéreo" é uma forma de escapar da realidade, um recurso ridículo diante da seriedade com que a justiça divina deva ser levada. Por pura negligência, causada pelo comodismo, ações não são corrigidas hoje, e com isso mais vítimas são feitas pelas obras da injustiça.
Além disso, busca-se evitar o conflito pela pretensa tolerância. Comportamentos, organizações e fatos têm clara omissão em nome de uma cordialidade que não deveria existir. Deus chama os pecados pelo nome, e assim deve ser para conosco. Não se defende a "falta de educação", tampouco a falta de compromisso trazida pela tolerância exacerbada. Esse comportamento esconde medo do confronto, de uma indesejável exposição, afora outras consequências advindas de um comportamento mais ousado, desde que esteja seguramente pautado pela Palavra de Deus. O crente deve repudiar a tolerância a qualquer custo: por conta de não agir dessa maneira, toleram-se comportamentos mundanos no seio da igreja, a penetração de doutrinas estranhas que dividem o povo, a semelhança cada vez maior de cultos com shows e espetáculos produzidos por ímpios, dentre outras características que trazem repulsa ao Senhor e serão objeto de julgamento naquele Dia. E se somos do Senhor, devemos repudiar exatamente as mesmas obras, sob pena de sermos julgados pecadores por conivência ao aceitarmos conscientemente algo que Deus condena. O limite da tolerância está naquilo que contrarie, ainda que sutilmente, os ensinamentos das Escrituras. O pecado deve ser tratado como pecado, não como um "sentimento negativo" ou uma "energia do mal". Erros doutrinários devem ser tratados como problemas passíveis de eliminação da seara do Senhor. Tais ideias podem soar como "radicais", mas o ensino de Cristo é radical! Se não fosse assim, por que a Palavra foi comparada como espada? Jesus trouxe a espada, não a paz da falsa tolerância! Não se pode tolerar o pecado: caso tivessem sido tolerantes, Ló e sua família jamais teriam escapado de Sodoma.

Conclusões
Dessa maneira, podemos concluir que:

■Julgar não é um mau em si mesmo, pois a tudo devemos examinar e reter o que é bom.
■Julgar é necessário, pois é coerente com o discernimento que possuímos da parte de Deus.
■Julgar não é tarefa exclusiva de Deus, pois se O imitamos, temos dele a propriedade para exercer juízo sobre todas as coisas.
■Julgar, porém, deve ser feito sob o exercício da justiça, para não produzir o efeito contrário.
■Julgar, ainda que contrarie o argumento da pretensa tolerância, deve ser efetivado, pois o crente verdadeiro não concorda com aquilo que a Bíblia chama de pecado, tampouco vem a exercer, em sua vida particular, comportamentos que o levem a ser incluído entre os mentirosos e os hipócritas.
■Julgar é um ato de obediência à verdade e de amor a Deus, pois Ele é justo e ama a justiça.

Dessa maneira, que ninguém venha a condenar o leitor na sua nobre e necessária atividade de julgar. Que isso seja feito em plenitude, de modo justo e imparcial. Quem é de Deus não se dobrará à chantagem de um argumento que, baseado na mentira, no egoísmo, na falsidade e na corrupção, tenta promover exatamente o contrário da justiça: a tolerância com o erro.

domingo, 24 de junho de 2012

AS HERESIAS DOS LIVROS APÓCRIFOS - Parte 2

Uma das grandes razões, talvez a principal delas, pelas quais os evangélicos rejeitam os Apócrifos, é devido a grande quantidade deheresias que tais livros apresentam. Fora isso, existem também lendas absurdas e fictícias e graves erros históricos e geográficos, o que fazem osApócrifos serem desqualificados como palavra inspirada de Deus. A seguir daremos um resumo de cada livro e logo a seguir mostraremos seus graves erros.






RESUMO DOS LIVROS
TOBIAS - (200 a.C.)É uma história novelística sobre a bondade de Tobiel (pai de Tobias) ealguns milagres preparados pelo anjo Rafael.Apresenta:· justificação pelas obras - 4:7-11; 12:8· mediação dos Santos - 12:12· superstições - 6:5, 7-9, 19· um anjo engana Tobias e o ensina a mentir 5:16 a 19 JUDITE - (150 a.C.) É a História de uma heroína viúva e formosa que salvasua cidade enganando um general inimigo e decapitando-o. Grandeheresia é a própria história onde os fins justificam os meios.BARUQUE - (100 d.C.) - Apresenta-se como sendo escrito por Baruque, ocronista do profeta Jeremias, numa exortação aos judeus quando dadestruição de Jerusalém. Porém, é de data muito posterior, quando dasegunda destruição de Jerusalém, no pós-Cristo. Traz entre outras coisas, a intercessão pelos mortos - 3:4.ECLESIÁSTICO - (180 a.C.) - É muito semelhante ao livro de Provérbios,não fosse as tantas heresias:· justificação pelas obras - 3:33,34· trato cruel aos escravos - 33:26 e 30; 42:1 e 5· incentiva o ódio aos Samaritanos - 50:27 e 28SABEDORIA DE SALOMAO - (40 d.C.) - Livro escrito com finalidadeexclusiva de lutar contra a incredulidade e idolatria do epicurismo(filosofia grega na era Cristã).Apresenta:· o corpo como prisão da alma - 9:15· doutrina estranha sobre a origem e o destino da alma 8:19 e 20· salvação pela sabedoria - 9:19.


1 MACABEUS - (100 a.C.) - Descreve a história de 3 irmãos da família dos"Macabeus", que no chamado período ínterbíblico (400 a.C. 3 a.D) lutaramcontra inimigos dos judeus visando a preservação do seu povo e terra.II MACABEUS - (100 a.C.) - Não é a continuação do 1 Macabeus, mas umrelato paralelo, cheio de lendas e prodígios de Judas Macabeu.Apresenta:· a oração pelos mortos - 12:44 - 46· culto e missa pelos mortos - 12:43· o próprio autor não se julga inspirado -15:38-40; 2:25-27· intercessão pelos Santos - 7:28 e 15:14ADIÇÕES A DANIEL:capítulo 13 - A história de Suzana - segundo esta lenda Daniel salvaSuzana num julgamento fictício baseado em falsos testemunhos.capítulo 14 - Bel e o Dragão - Contém histórias sobre a necessidade daidolatria.capítulo 3:24-90 - o cântico dos 3 jovens na fornalha.


LENDAS, ERROS E HERESIAS
1. Histórias fictícias, lendárias e absurdas Tobias 6.1-4 - "Partiu, pois, Tobias, e o cão o seguiu, e parou na primeirapousada junto ao rio Tigre. E saiu a lavar os pés, e eis que saiu da águaum peixe monstruoso para o devorar. À sua vista, Tobias, espavorido,clamou em alta voz, dizendo: Senhor, ele lançou-se a mim. E o anjo dissedisse-lhe: Pega-lhe pelas guerras, e puxa-o para ti. Tendo assim feito,puxou-o para terra, e o começou a palpitar a seus pés2. Erros Históricos e GeográficosOs Apócrifos solapam a doutrina da inerrância porque esses livros incluemerros históricos e de outra natureza. Assim, se os Apócrifos sãoconsiderados parte das Escrituras, isso identifica erros na Palavra de Deus.Esses livros contêm erros históricos, geográficos e cronológicos, além dedoutrinas obviamente heréticas; eles até aconselham atos imorais (Judite9.10,13). Os erros dos Apócrifos são freqüentemente apontados em obrasde autoridade reconhecida. Por exemplo:O erudito bíblico DL René Paehe comenta: "Exceto no caso dedeterminada informação histórica interessante (especialmente em 1.Macabeus) e alguns belos pensamentos morais (por exemplo Sabedoriade Salomão), Tobias... contém certos erros históricos e geográficos, tais como asuposição de que Senaqueribe era filho de Salmaneser (1 .15) em vez deSargão II, e que Nínive foi tomado por Nabucodonosor e por Assuero(14.15) em vez de Nabopolassar e por Ciáxares... Judite não pode serhistórico porque contém erros evidentes... [Em 2 Macabeus] há também numerosas desordens e discrepâncias em assuntos cronológicos,históricos e numéricos, os quais refletem ignorância ou confusão..3. Ensinam Artes Mágicas ou de Feitiçaria como método de exorcismoa) Tobias 6.5-9 - "Então disse o anjo: Tira as entranhas a esse peixe, eguarda, porque estas coisas te serão úteis. Feito isto, assou Tobias partede sua carne, e levaram-na consigo para o caminho; salgaram o resto,para que lhes bastassem até chegassem a Ragés, cidade dos Medos.Então Tobias perguntou ao anjo e disse-lhe: Irmão Azarias, suplico-lhe queme digas de que remédio servirão estas partes do peixe, que tu memandaste guardar: E o anjo, respondendo, disse-lhe: Se tu puseres umpedacinho do seu coração sobre brasas acesas, o seu fumo afugenta todaa casta de demônios, tanto do homem como da mulher, de sorte que nãotornam mais a chegar a eles. E o fel é bom para untar os olhos que têmalgumas névoas, e sararão"b) Este ensino que o coração de um peixe tem o poder para expulsar todaespécie de demônios contradiz tudo o que a Bíblia diz sobre comoenfrentar o demônio.c) Deus jamais iria mandar um anjo seu, ensinar a um servo seu, comousar os métodos da macumba e da bruxaria para expulsar demônios.


d) Satanás não pode ser expelido pelos métodos enganosos da feitiçaria ebruxaria, e de fato ele não tem interesse nenhum em expelir demônios (Mt12.26).e) Um dos sinais apostólicos era a expulsão de demônios, e a única coisasque tiveram de usar foi o nome de Jesus (Mc 16.17; At 16.18)4. Ensinam que Esmolas e Boas Obras - Limpam os Pecados e Salvam a Almaa) Tobias 12.8, 9 - "É boa a oração acompanhada do jejum, dar esmola valemais do que juntar tesouros de ouro; porque a esmola livra da morte(eterna), e é a que apaga os pecados, e faz encontrar a misericórdia e a vidaeterna".Eclesiástico 3.33 - "A água apaga o fogo ardente, e a esmola resiste aospecados"b) Este é o primeiro ensino de Satanás, o mais terrível, e se encontrarbasicamente em todas a seitas heréticas.c) A Salvação por obras, destrói todo o valor da obra vicária de Cristo emfavor do pecador. Se caridade e boas obras limpam nossos pecados, nós nãoprecisamos do sangue de Cristo. Porém, a Bíblia não deixa dúvidas quanto ovalor exclusivo do sangue como um único meio de remissão e perdão depecados:- Hb 9:11, 12, 22 - "Mas Cristo... por seu próprio sangue, entrou uma vez portodas no santo lugar, havendo obtido uma eterna redenção ...semderramamento de sangue não há remissão."- I Pe 1:18, 19 - "sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ououro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, que por tradiçãorecebestes dos vossos pais, mas com precioso sangue, como de um cordeirosem defeito e sem mancha, o sangue de Cristo,"


d) Contradiz Bíblia toda. Ela declara que somente pela graça de Deus e osangue de Cristo o homem pode alcançar justificação e completa redenção:- Romanos 3.20, 24, 24 e 29 - "Ninguém será justificado diante dele pelasobras da lei.. sendo justificados gratuitamente por sua graça, mediante aredenção que há em Cristo Jesus. A quem Deus propôs no seu sangue....Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentementedas obras da lei".5. Ensinam o Perdão dos pecados através das oraçõesa) Eclesiástico 3.4 - "O que ama a Deus implorará o perdão dos seuspecados, e se absterá de tornar a cair neles, e será ouvido na sua oração detodos os dias".b) O perdão dos pecados não está baseado na oração que se faz pedindo operdão, não é fé na oração, e sim fé naquele que perdoa o pecado, a oraçãopor si só, é uma boa obra que a ninguém pode salvar. Somente a oração deconfissão e arrependimento baseadas na fé no sacrifício vicário de Cristo trazo perdão (Pv. 28.13; I Jo 1.9; I Jo 2.1,2)6. Ensinam a Oração Pelos Mortosa) 2 Macabeus 12:43-46 - "e tendo feito uma coleta, mandou 12 mil dracmasde prata a Jerusalém, para serem oferecidas em sacrifícios pelos pecados dosmortos, sentindo bem e religiosamente a ressurreição, (porque, se ele nãoesperasse que os que tinham sido mortos, haviam um dia de ressuscitar,teria por uma coisa supérflua e vã orar pelos defuntos); e porque eleconsiderava que aos que tinham falecido na piedade estava reservada umagrandíssima misericórdia. É, pois, um santo e salutar pensamento orar pelosmortos, para que sejam livres dos seus pecados".b) É neste texto falso, de um livro não canônico, que contradiz toda a Bíblia,que a Igreja Católica Romana baseia sua falta e herege doutrina dopurgatório.c) Este é novamente um ensino Satânico para desviar o homem da redençãoexclusiva pelo sangue de Cristo, e não por orações que livram as almas dofogo de um lugar inventado pela mente doentia e apostata dos teólogoscatólicos romanos.d) Após a morte o destino de todos os homens é selado, uns para perdiçãoeterna e outros para a Salvação eterna - não existe meio de mudar odestinos de alguém após a sua morte. Veja Mt. 7:13,13; Lc 16.267. Ensinam a Existência de um Lugar Chamado PURGATÓRIOa) Este é o ensino herético e satânico inventado pela Igreja Católica Romana,de que o homem, mesmo morrendo perdido, pode ter uma Segunda chancede Salvação.b) Sabedoria 3.1-4 - "As almas dos justos estão na mão de Deus, e não ostocará o tormento da morte. Pareceu aos olhos dos insensatos que morriam;e a sua saída deste mundo foi considerada como uma aflição, e a suaseparação de nós como um extermínio; mas eles estão em paz (no céu). E,se eles sofreram tormentos diante dos homens, a sua esperança está cheiade imortalidade".


c) A Igreja Católica baseia a doutrina do purgatório na ultima parte destetexto, onde diz: " E, se eles sofreram tormentos diante dos homens, a suaesperança está cheia de imortalidade".- Eles ensinam que o tormento em que o justo está, é o purgatório que opurifica para entrar na imortalidade.- Isto é uma deturpação do próprio texto do livro apócrifo. De modo, que aigreja Católica é capaz de qualquer desonestidade textual, para manter suasheresias.- Até porque, ganha muito dinheiro com as indulgências e missas rezadaspelos mortos.d) Leia atentamente as seguinte textos das Escrituras, que mostram aimpossibilidade do purgatório : I Jo 1.7; Hb 9.22; Lc 23.40-43; I6: 19-31; I Co15:55-58; I Ts 4:12-17; Ap 14:13; Ec 12:7; Fp 1:23; Sl 49:7-8; II Tm 2:11-13;At 10:43)8. Nos Livros Apócrifos Os Anjos Mentema) Tobias 5.15-19 - "E o anjo disse-lhe: Eu o conduzirei e to reconduzirei. Tobias respondeu: Peço-te que me digas de que família e de tribo és tu? Oanjo Rafael disse-lhe: Procuras saber a família do mercenário, ou o mesmomercenário que vá com teu filho? Mas para que te não ponhas em cuidados,,eu sou Azarias, filho do grande Ananias. E Tobias respondeu-lhe: Tu és deuma ilustre família. Mas peço-te que te não ofendas por eu desejar conhecera tua geração.b) Um anjo de Deus não poderia mentir sobre a sua identidade, sem violar aprópria lei santa de Deus. Todos os anjos de Deus, foram verdadeiros quandolhes foi perguntado a sua identidade. Veja Lc 1.199. Mulher que Jejuava Todos os Dias de Sua Vidaa) Judite 8:5,6 - "e no andar superior de sua casa tinha feito para si umquarto retirado, no qual se conservava recolhida com as suas criadas, e,trazendo um cilício sobre os seus rins, jejuava todos os dias de sua vida,exceto nos sábados, e nas neomênias, e nas festas da casa de Israel"b) Este texto legendário tem sido usado por romana relacionado com acanonização dos "santos" de idolatria. Em nenhuma parte da Bíblia jejuartodos os dias da vida é sinal de santidade. Cristo jejuou 40 dias e 40 noites edepois não jejuou mais.c) O livro de Judite é claramente um produção humana, uma lenda inspiradapelo Diabo, para escravizar os homens aos ensinos da igreja CatólicaRomana.10. Ensinam Atitudes Anticristãs, como: Vingança, Crueldade e Egoísmoa) VINGANÇA - Judite 9:2b) CRUELDADE e EGOÍSMO - Eclesiástico 12:6c) Contraria o que a Bíblia diz sobre:- Vingança (Rm 12.19, 17)- Crueldade e Egoísmo ( Pv. 25:21,22; Rm 12:20; Jo 6:5; Mt 6:44-48)A igreja Católica tenta defender a IMACULADA CONCEIÇÃO baseando emuma deturpação dos apócrifos (Sabedoria 8:9,20) - Contradizendo: Lc. 1.30-35; Sl 51:5; Rm 3:23)


Diante de tudo isso perguntamos: Merecem confiança os livros Apócrifos ? Aresposta obvia é, NÃO.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Livros Apócrifos ou Não Canônicos - Parte 1

O Conteúdo a seguir é destinado apenas para estudo e referencia a âmbito apologético.




1. A palavra Apócrifo , do grego apokrypha, escondido, nome usado pelos escritores eclesiásticos para determinar, 1) Assuntos secretos, ou misteriosos; 2) de origem ignorada, falsa ou espúria; 3) documentos não canônicos.
2. Os livros apócrifos do Antigo Testamento (A.T.): Estes não faziam partedo Cânon hebraico, mas todos eram mais ou menos aceitos pelos judeus de Alexandria que liam o grego, e pelos de outros lugares; e alguns são citados no Talmude. Esses livros, a exceção de 2 Esdras, Eclesiástico, Judite, Tobias, e 1 dos Macabeus, foram primeiramente escritos em grego, mas o seu conteúdo varia em diferentes coleções.


Eis os livros apócrifos pela sua ordem usual:
I (ou III) de Esdras: é simplesmente a forma grega de Ezra, e o livro narra o declínio e a queda do reino de Judá desde o reinado de Josias até à destruição de Jerusalém; o cativeiro de Babilônia, a volta dos exilado, e a parte que Esdras tomou na reorganização da política judaica. Em certos respeitos, amplia a narração bíblica, porém estas adições são de autoridade duvidosa. O historiador Josefo é o continuador de Esdras. Ignora-se o tempo em que foi escrito e quem foi o meu autor.

II (ou IV) de Esdras: Este livro tem estilo inteiramente diferente de 1º de Esdras. Não é propriamente uma história, mas sim um tratado religioso, muito no estilo dos profetas hebreus. O assunto central, compreendido nos caps. 3-14, tem como objetivo registrar as sete revelações de Esdras em Babilônia, algumas das quais tomaram a forma de visões: a mulher que chorava, 9.38, até 10.56; a águia e o leão, 11.1 até 12.39; o homem que se ergueu do mar, 13.1-56. O autor destes capítulos é desconhecido, mas evidentemente era judeu pelo afeto que mostra a seu povo. (A palavra Jesus, que se encontra no cap. 7.28, não está nas versões orientais.) A visão da águia, que é expressamente baseada na profecia de Daniel (2º Esdras 12.11), parece referir ao Império Romano, e a data de 88 A.D. até 117 A.D. é geralmente aceita. Data posterior ao ano 200 contraria as citações do v. 35 cap. 5 em grego por Clemente de Alexandria com o Prefácio: “As­sim diz o profeta Esdras.” Os primeiros dois e os últimos dois capítulos de 2º Esdras, 1 e 2, 15 e 16 são aumentos; não se encontram nas versões orientais, nem na maior parte dos manuscritos latinos. Pertencem a uma data posterior à tradução dos Setenta que já estava em circulação, porquanto os profetas menores já aparecem na ordem em que foram postos na versão grega, 2º Esdras, 1.39, 40. Os dois primeiros capítulos contêm abundantes reminiscências do Novo Testamento e justificam a rejeição de Israel e sua substituição pelos Gentios, 2º Esdras, 1.24,25,35-40; 2.10,11,34), e, portanto, foram escritos por um cristão, e, sem dúvida, por um judeu cristão.


Tobias: Este livro contém a narração da vida de certo Tobias de Neftali, homem piedoso, que tinha um filho de igual nome, O pai havia perdido a vista. O filho, tendo de ir a Rages na Média, para cobrar uma dívida, foi levado por um anjo a Ecbatana, onde fez um casamento romântico com uma viúva que, tendo-se casado sete ve­zes, ainda se conservava virgem. Os sete maridos haviam sido mortos por Asmodeu, o mau espírito nos dias de seu casamento. Tobias, porém, foi animado pelo anjo a tornar-se o oitavo marido da virgem-viúva, escapando à morte, com a queima de fígado de peixe, cuja fumaça afugentou o mau espírito. Voltando, curou a cegueira de seu pai esfregando-lhe os escurecidos olhos com o fel do peixe que já se tinha mostrado tão prodigioso. O livro de Tobias é manifestamente um conto moral e não uma história real. A data mais provável de sua publicação é 350 ou 250 a 200 A.C.


Judite: E a narrativa, com pretensões a história, do modo por que uma viúva judia, de temperamento masculino, se recomendou às boas graças de Holofernes, comandante-chefe do exército assírio, que sitiava Betúlia. Aproveitando-se de sua intimidade na tenda de Holofernes, tomou da espada e cortou-lhe a cabeça enquanto ele dormia. A narrativa está cheia de incorreções, de anacronismos e de absurdos geográficos. É mesmo para se duvidar que exista alguma cousa de verdade; talvez que o seu autor se tenha inspirado nas histórias de Jael e de Sisera, Jz 4.17-22. A primeira referência a este livro, encontra-se em uma epístola de Clemente de Roma, no fim do primeiro século. Porém o livro de Judite data de 175 a 100 A. C., isto é, 400 ou 600 anos depois dos fatos que pretende narrar. Dizer que naquele tempo Nabucodonosor reinava em Nínive em vez de Babilônia não parecia ser grande erro, se não fosse cometido por um contemporâneo do grande rei.


Ester: Acréscimo de capítulos que não se acham nem no hebreu, nem no caldaíco. O livro canônico de Ester termina com o décimo capítulo. A produção apócrifa acrescenta dez versículos a este capitulo e mais seis capítulos, 11-16. Na tradução dos Setenta, esta matéria suplementar é distribuída em sete porções pelo texto e não interrompe a história. Amplifica partes da narrativa da Escritura, sem fornecer novo fato de valor, e em alguns lugares contradiz a história como se contém no texto hebreu. A opinião geral é que o livro foi obra de um judeu egípcio que a escreveu no tempo de Ptolomeu. Filometer, 181-145 A.C.


Sabedoria de Salomão: Este livro é um tratado de Ética recomendando a sabedoria e a retidão, e condenando a Iniqüidade e a idolatria. As passagens salientam o pecado e a loucura da adoração das imagens, lembram as passagens que sobre o mesmo assunto se encontram nos Salmos e em Isaías (compare: Sabedoria 13.11-19, com Salmos 95; 135.15-18 e Isaias 40.19-25; 44.9-20). É digno de nota que o autor deste livro, referindo-se a incidentes históricos para ilustrar a sua doutrina, limita-se aos fatos recordados no Pentateuco. Ele escreve em nome de Salomão; diz que foi escolhido por Deus para rei do seu povo, e foi por ele dirigido a construir um templo e um altar, sendo o templo feito conforme o modelo do tabernáculo. Era homem genial e piedoso, caracterizando-se pela sua crença na imortalidade. Viveu entre 150 e 50 ou 120 e 80, A.C. Nunca foi formalmente citado, nem mesmo a ele se referem os escritores do Novo Testamento, porém, tanto a linguagem, como as correntes de pensamento do seu livro , encontram paralelos no Novo Testamento (Sab. 5.18-20; Ef 6.14-17; Sab. 7.26, com Hb 1.2-6 e Sab.14.13-31 com Rm 1.19-32).


Eclesiástico: também denominado Sabedoria de Jesus, filho de Siraque. É obra comparativamente grande, contendo 51 capítulos. No capítulo primeiro, 1-21, louva-se grandemente o sumo sacerdote Simão, filho de Onias, provavelmente o mesmo Simão que viveu entre 370 - 300, A.C. O livro deveria ter sido escrito entre 290 ou 280 A.C., em língua hebraica. O seu autor, Jesus, filho de Siraque de Jerusalém, Eclus 1.27, era avô, ou, tomando a palavra em sentido mais lato, antecessor remoto do tradutor. A tradução foi feita no Egito no ano 38, quando Evergeto era rei. Há dois reis com este nome, Ptolonmeu III, entre 247 a 222 A.C., e Ptolomeu Fiscom, 169 a 165 e 146 a 117 A.C. O grande assunto da obra e a sabedoria. É valioso tratado de Ética. Há lugares que fazem lembrar os livros de Provérbios, Eclesiastes e porções do livro de Jó, das escrituras canônicas, e do livro apócrifo, Sabedoria de Salomão. Nas citações deste livro, usa-se a abreviatura Eclus, para não confundir com Ec abreviatura de Eclesiastes.


Baruque: Baruque era amigo do Jeremias. Os primeiros cinco capítulos do seu livro pertencem à sua autoria, enquanto que o sexto é intitulado “Epístola de Jeremias.” Depois da introdução, descrevendo a origem da obra, Baruque 1.1,14, abre-se o livro com três divisões, a saber:
1)
Confissão dos pecado. de Israel e orações, pedindo perdão a Deus, Baruque 1.15, até 3.8. Esta parte revela ter sido escrita em hebraico, como bem o indica a introdução, cap. 1:14. Foi escrita 300 anos A.C.
2) Exortação a Israel para voltar à fonte da Sabedoria, 3.9 até 4.4.
3) Animação e promessa de livramento, 4.5 até 5.9. Estas duas seções parece que foram escritas em grego, pela sua semelhança com a linguagem dos Setenta. Há dúvidas, quanto à semelhança entre o cap. 5 e o Salmo de Salomão, 9. Esta semelhança dá a entender que o cap. 5 foi baseado no salmo, e portanto, escrito depois do ano 70, A.D., ou então, que ambos os escritos são moldados pela versão dos Setenta. A epístola de Jeremias exorta ou judeus no exílio a evitarem a idolatria de Babilônia. Foi escrita 100 anos A.C.

Adição à História de Daniel:
O cântico dos três mancebos (jovens): Esta produção foi destinada a ser Intercalada no livro canônico de Daniel, entre caps. 3.23,24. É desconhecido o seu autor e ignorada a data de sua composição. Compare os versículo, 35-68 com o Salmo 148.
A história de Suzana: É também um acréscimo ao livro de Daniel, em que o seu autor mostra como o profeta, habilmente descobriu uma falsa acusação contra Suzana, mulher piedosa e casta. Ignora-se a data em que foi escrita e o nome de seu autor.
Bel e o dragão: Outra história introduzida no livro canônico de Daniel. O profeta mostra o modo por que os sacerdotes de Bel e suas famílias comiam as viandas oferecidas ao ídolo; e mata o dragão. Por este motivo, o profeta é lançado pela segunda vez na caverna dos leões. Ignora-se a data em que foi escrita e o nome do autor.
Oração de Manassés, rei de Judá quando esteve cativo em Babilônia. Compare, 2º Cr 33.12,13. Autor desconhecido. Data provável, 100 anos A. C.

Primeiro Livro dos Macabeus: E um tratado histórico de grande valor, em que se relatam 05 acontecimentos políticos e os atos de heroísmo da família levítica dos Macabeus durante a guerra da lndependência judaica, dois séculos A.C. O autor é desconhecido, mas evidentemente é judeu da Palestina. Há duas opiniões quanto à data em que foi escrito; uma dá 120 a 106 A.C., outra, com melhores fundamentos, entre 105 e 64 A.C. Foi traduzido do hebraico para o grego.
Segundo Livro dos Macabeus: É inquestionavelmente um epítome da grande obra de Jasom de Cirene; trata principalmente da história Judaica desde o reinado de Seleuco IV, até à morte de Nicanor, 175 e 161 A.C. É obra menos importante que o primeiro livro. O assunto é tratado com bastante fantasia em prejuízo de seu crédito, todavia, contém grande soma de verdade. O livro foi escrito depois do ano 125 A.C. e antes a tomada de Jerusalém, no ano 70 A.D.
Terceiro Livro dos Macabeus: Refere-se a acontecimentos anteriores à guerra da independência. O ponto central do livro e pretensão de Ptolomeu Filopater IV, que em 217 A.C. tentou penetrar nos Santo dos Santos, e a subseqüente perseguição contra os judeus de Alexandria. Foi escrito pouco antes, ou pouco depois da era cristã, data de 39, ou 40 A.D.
Quarto Livro dos Macabeus: É um tratado de moral advogando o império da vontade sobre as paixões e ilustrando a doutrina com exemplos tirados da história dos macabeus. Foi escrito depois do 2º Macabeus e antes da destruição de Jerusalém.
É, talvez, do 1º século d.C. Ainda que os livros apócrifos estejam compreendidos na versão dos Setenta, nenhuma citação certa se faz deles no Novo Testamento. É verdade que os Pais muitas vezes os citaram isoladamente, como se fossem Escritura Sagrada, mas, na argumentação, eles distinguiam os apócrifos dos livros canônicos. S. Jerônimo, em particular, no fim do 4º século, fez entre estes livros uma claríssima distinção. Para defender-se de ter limitado a sua tradução latina aos livros do Cânon hebraico, ele disse: “Qualquer livro além destes deve ser contado entre os apócrifos. Sto. Agostinho, porém (354-430 à.C.), que não sabia hebraico, juntava os apócrifos com os canônicos como para os diferençar dos livros heréticos. Infelizmente, prevaleceram as idéias deste escritor, e ficaram os livros apócrifos na edição oficial (a Vulgata) da Igreja de Roma. O Concilio de Trento, 1546, aceitou “todos os livros... com igual sentimento e reverência”, e anatematizou os que não os consideravam de igual modo. A Igreja Anglicana, pelo tempo da Reforma, nos seus trinta e nove artigos (1563 e 1571), seguiu precisamente a maneira de ver de S. Jerônimo, não julgando os apócrifos como livros das Santas Escrituras, mas aconselhando a sua leitura “para exemplo de vida e instrução de costumes”.

3. Livros Pseudo-epígrafos. Nenhum artigo sobre os livros apócrifos pode omitir estes inteiramente, porque de ano para ano está sendo mais compreendida a sua importância. Chamam-se Pseudo-epígrafos, porque se apresentam como escritos pelos santos do Antigo Testamento. Eles são amplamente apocalípticos; e representam esperanças e expectativas que não produziram boa influência no primitivo Cristianismo. Entre eles podem mencionar-se:

Livro de Enoque (etiópico), que é citado em Judas 14. Atribuem-se várias datas, pelos últi­mos dois séculos antes da era cristã.

Os Segredos de Enoque (eslavo), livro escrito por um judeu helenista, ortodoxo, na primeira metade do primeiro século d.C.

O Livro dos Jubileus (dos israelitas), ou o Pequeno Gênesis, tratando de particularidades do Gênesis duma forma imaginária e legendária, escrito por um fariseu entre os anos de 135 e 105 a.C.

Os Testamentos dos Doze Patriarcas: é este livro um alto modelo de ensino moral. Pensa-se que o original hebraico foi composto nos anos 109 a 107 a.C., e a tradução grega, em que a obra chegou até nós, foi feita antes de 50 d.C.

Os Oráculos Sibilinos, Livros III-V, descrições poéticas das condições passadas e futuras dos judeus; a parte mais antiga é colocada cerca do ano 140 a.C., sendo a porção mais moderna do ano 80 da nossa era, pouco mais ou menos.

Os Salmos de Salomão, entre 70 e 40 a.C.

As Odes de Salomão, cerca do ano 100 da nossa era, são, provavelmente, escritos cristãos.

O Apocalipse Siríaco de Baruque (2º Baruque), 60 a 100 a.C.

O Apocalipse grego de Baruque (3º Baruque), do 2º século, a.C.

A Assunção de Moisés, 7 a 30 d.C.

A Ascensão de Isaias, do primeiro ou do segundo século d.C.

4. Os Livros Apócrifos do Novo Testamento (N.T.): Sob este nome são algumas vezes reunidos vários escritos cristãos de primitiva data, que pretendem dar novas informações acerca de Jesus Cristo e Seus Apóstolos, ou novas instruções sobre a natureza do Cristianismo em nome dos primeiros cristãos. Entre os Evangelhos Apócrifos podem mencionar-se:

O Evangelho segundo os Hebreus (há fragmentos do segundo século);

O Evangelho segundo S. Tiaqo, tratando do nascimento de Maria e de Jesus (segundo século);

Os Atos de Pilatos.(Segundo século).

Os Atos de Paulo e Tecla (segundo século).

Os Atos de Pedro (terceiro século).

Epístola de Barnabé (fim do primeiro século).

Apocalipses, o de Pedro (segundo século).

Ainda que casualmente algum livro não canônico se ache apenso a manuscritos do N.T., esse fato é, contudo, tão raro que podemos dizer que, na realidade, nunca se tratou seriamente de incluir qualquer deles no Cânon.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

HERESIA: RACIONALISMO CRISTÃO - UM JESUS-NÃO DIVINO E REENCARNADO


Dentre as muitas seitas que afirmam não ser uma religião e sim uma filosofia, encontra-se o Racionalismo Cristão, uma seita espírita cujos integrantes o define da seguinte forma: O Racionalismo Cristão é uma doutrina filosófica de caráter-essencialmente espiritualista, esteada no cristianismo verdadeiro, expresso em linguagem condizente com os dias de hoje, clara, objetiva, simples, fácil e assim acessível à compreensão de todos. Essa seita fundada em 1910 por Luis de Mattos, a quem rotulam de um espírito muito evoluído que reencarnou na terra com a missão de fundar o Racionalismo Cristão, crê possuir a verdade sobre os ensinos de Jesus Cristo. Por isso, afirmam em seu site:
"O Racionalismo Cristão é a codificação, em termos racionais e científicos, da verdadeira doutrina de Jesus, ou seja, dos ensinamentos do Jesus histórico, que nada tem a ver com o Cristo místico da teologia e dos dogmas, criado pela religião." - http://www.racionalismo-cristao.org.br/filosofia.html.
Será mesmo que essa seita espírita ensina a verdade sobre Jesus? Analisemos suas crenças sobre o "Jesus Histórico" deles e decidiremos se eles creem no mesmo Jesus que o os cristãos.


Um Jesus Reencarnado


Como toda seita espírita, o Racionalismo Cristão nega a divindade de Jesus Cristo. No seu site oficial, declaram o seguinte sobre esse tema:


"O Jesus do Racionalismo Cristão não é o Cristo da fé, criado pela teologia cristã, e sim o Jesus histórico. Para esta Doutrina, ele foi um homem como todos os outros, composto de Força e Matéria (espírito e corpo). Filho de José e Maria, nasceu, como as demais pessoas, de uma fecundação humana normal, não tendo vindo ao planeta Terra como "ser divino", "por obra e graça do Espírito Santo"." - 


http://www.racionalismo-cristao.org.br/quem-foi-jesus.html; Comentário extraído da obra Noções Sobre Racionalismo Cristão.


Refutação apologética-evangelística - O nosso Jesus Cristo não foi, de modo algum, um homem como todos os outros, na concepção dessa seita, que subtrai de Jesus a sua Divindade. Cremos, pela fé alicerçada na Bíblia que Jesus possui duas naturezas: A Divina (plenamente divino) e a humana (plenamente humano), conforme Filipenses 2:5-8. Além de ser chamado de Deus por João e Tomé (João 1:1; 20:28), Ele é Deus porque segundo a Bíblia podia ser adorado e perdoar pecados. Observe:


Mateus 15:25 - "Ela, porém, veio e o adorou, dizendo: Senhor, socorre-me!"
Marcos 5:6 - "Quando, de longe, viu Jesus, correu e o adorou."
João 9:38 - "Então, afirmou ele: Creio, Senhor; e o adorou."


Lucas 5:21, 24 - "E os escribas e fariseus arrazoavam, dizendo: Quem é este que diz blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus? [...] Mas, para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados—disse ao paralítico: Eu te ordeno: Levanta-te, toma o teu leito e vai para casa."
Além de negar que Jesus seja Deus, o Racionalismo Cristão ousa a declarar que Jesus não nasceu de uma virgem, nascimento este descrito na Bíblia como obra do Espírito Santo de Deus. (Mateus 1:18-25) Por que creem assim? Primeiro, porque não possuem o Espírito Santo para interpretar as Escrituras. Segundo, porque, como o EspiritismoKardecista, entendem o Espírito Santo como uma falange de espíritos puros que não necessitam mais da reencarnação. Terceiro, não crêem na Bíblia, mas nas revelações a eles dadas por espíritos, os quais sabemos muito bem qual a sua procedência. Perguntamos aos adeptos dessa seita espírita: Como sabem que Jesus não é Deus e que ele não nasceu de uma forma miraculosa, senão através de espíritos que visam desacreditar a Bíblia como Palavra inerrante de Deus? Precisamos, ao abordar os Racionalistas Cristãos, ajudá-los primeiramente a compreender a veracidade e a inerrância da Bíblia. Depois, provarmos que na Bíblia não há lugar para a crença na reencarnação, pois vivemos uma única vez. (Hebreus 9:27) Por fim, estudarmos com eles a vida de Jesus (o que envolverá muita preparação), para que venham aceitá-lo como a Bíblia o descreve: Deus e Homem, Salvador, Criador e Senhor de nossas vidas.
Ainda no intuito de rebaixar a pessoa de Jesus, negando-lhe sua Divindade, afirmam em uma de suas principais literaturas:


Heresia do Racionalismo Cristão - “Quem demonstra maior valor, o líder que ascendeu ao posto com esforço e merecimento próprios, depois de haver vencido todas as etapas que o levaram ao mais alto cume da experiência e do saber, ou o que foi singularmente colocado nessa posição, com fundamento na hierarquia de antepassados? Os adoradores de Jesus classificando-no, obcecadamente, nesta segunda posição, influenciados pela concepção deísta.” - Racionalismo Cristão, página 75, 29a. Edição, 1974.Refutação apologética-evangelística - No contexto humano, realmente é muito mais valoroso a pessoa que lutou e venceu etapas para conseguir algo, do que aquele que foi colocado numa posição, apenas por questão hierárquica. Mas usar essa comparação com Jesus é, no mínimo, desconhecer a crença cristã e a Bíblia, e teria sentido se os Racionalistas Cristãos pudessem provar que Jesus não é Deus. Sendo Jesus o Verdadeiro Deus, Ele não tem antepassado, pois Deus não tem princípio nem fim. Assim, o Jesus Cristo da Bíblia não conquistou algo com fundamento na hierarquia de antepassados. Ele é Pai Eterno. (Isaías 9:6) Então, será que somos obcecados? O Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa define o adjetivo “obcecado” da seguinte forma:




1. Que tem a inteligência obscurecida.
2. Contumaz no erro.
3. Teimoso, obstinado.


Teriam os Cristãos, baseados no inigualável livro chamado Bíblia, cujas verdades estão além de contestação, cuja prova de inspiração divina é irrefutável, uma inteligência obscurecida? Seríamos teimosos por ensinar a Divindade de Jesus e persistentes no erro por defendermos nossa fé, cujas provas e razões encontram-se claramente ensinadas no Livro dos livros, a Bíblia? Se somos obcecados por cremos na Bíblia, como chamaríamos então os Racionalistas Cristãos por crerem na seguinte doutrina?




“Os espíritos que fazem a sua evolução neste planeta, pertencem às primeiras dezessete classes, de uma série de trinta e três. [...] Distribuídos na série de trinta e três classes, de acordo com o grau de desenvolvimento de cada um, os espíritos fazem a sua evolução, partindo da seguinte ordem dos mundos:




a) Mundos materializados - espíritos da 1a. à 5a. classe.
b) Mundos opacos - espíritos da 6a. à 11a. classe.
c) Mundos bracos - espíritos da 12a. à 17a. classe.
d) Mundos diáfanos - espíritos da 18a. à 25a. classe.
e) Mundos de luz puríssima - espíritos da 26a. à 33a. classe.”




Os mundos dividem-se, ainda, em duas grandes categorias: mundos de estágio e mundos-escolas.” - Racionalismo Cristão, página 76, 29a. Edição, 1974.
Já que falam de razão e ciência ao se definirem, quais as provas apresentadas pelos Racionalistas Cristãos para tal ensino? Se as tiverem, o que é improvável, teriam elas o mesmo valor que as provas documentadas em favor de a Bíblia ser um livro que fala a verdade sobre história, geografia, ciência, cultura, saúde, e que prevê o futuro comexatidão? Seriam as supostas provas dessa seita espírita que se denomina cristã, sobre as trinta e três classes de espírito, com seus cinco mundos e suas duas categorias, tão palpáveis quanto a evidência de que a Bíblia diz sempre a verdade? (João 17:17; 2 Timóteo 3:16, 17) Por incrível que pareça, até os espíritas kardecistas acham essa divisão de mundos do Racionalismo Cristão um grande equívoco, tanto que o Racionalismo Cristão é considerado como a reação mais violenta ao Kardecismo. E já não bastasse os trinta e três graus "terrenos" da Maçonaria no Rito Escocês Antigo e Aceito, o Racionalismo Cristão criou os trinta e três graus espirituais para evolução do Espírito!


Conclusão


Deixar de crer na Bíblia para crer nessa ficção é o grande erro de todas as denominações do espiritismo. Os Racionalistas Cristãos foram enganados pelo reino das trevas e precisam de nossa ajuda espiritual. Evangelizar espíritas racionalistas cristãos é um desafio, pois é necessário conhecer suas crenças e como refutá-las. Exige também conhecimento da doutrina cristã. Nós, cristãos, somos influenciados pelo Espírito Santo de Deus, que nos deu a Bíblia como guia prático para nossas crenças e nosso modo de viver. Quanto mais nos aprofundamos nessas verdades bíblicas, mais rejeitamos essas “fábulas” (2 Pedro 1:16) que o Espiritismo e suas seitas disseminam, incluindo a doutrina da Reencarnação e a negação de Jesus como Deus e Salvador de todos os que nele crêem. Guiados pela Bíblia e pelo Espírito Santo de Deus, precisamos nos aproximar dos Racionalistas Cristãos, a quem tanto amamos, com o plano de salvação

sexta-feira, 1 de junho de 2012

ESTUDOS : O SATANISMO (Um artigo falando mais profundamente sobre o satanismo)


O satanismo é uma seita centrada em torno de Satã ou outra entidade identificada como Satã, ou centrada nas forças da natureza, em particular da natureza humana, representada por Satã como um arquétipo. Ao contrário de muitas religiões e filosofias, osatanismo LaVey foca a sua atenção no avanço hedonista do indivíduo em vez de a focar na submissão a uma divindade(Exemplo: cordeiro de Deus, servo de Deus) ou a um conjunto de códigos morais, contudo existem outras formas de satanismos na sociedade contemporânea, diferentemente da formulação de LaVey


Origem do termo:


O termo Satan originou-se do judaísmo e se expandiu entre cristãos e seguidores do islamismo, chegando desse modo a disseminar-se entre diferentes culturas. Em hebraico o termo quer dizer adversário, opositor, se opondo, ir contra.
O termo satanismo foi utilizado pelas religiões abraâmicas para designar práticas religiosas que consideravam estar em oposição direta do deus abraamico.


Princípios do satanismo:
O satanismo é contra o modo de ser da crença católica, variantes das cristãs, ou qualquer outra em que se adore um Deus ou uma divindade exterior; ou é eleita uma pessoa para ser a representante viva de um Deus ou de uma Deusa ou dos deuses na Terra.
Em uma das linhas do satanismo cada ser vivo é o seu próprio Deus e governante, cada um é responsável pelos seus atos e o seu modo de ser. Cada um é o seu próprio sacerdote, salvador e Deus.
Alguns casos há efetivamente o culto a uma entidade espiritual, que pode ser denominada por satã ou receber outro nome.
Em outros casos, o que é rejeitado é a idéia de culto a algo externo à pessoa. O que se busca é a expressão da plena liberdade e responsabilidade da pessoa por si mesma. É por vezes considerado uma forma de ateísmo ou como uma forma de anti-cristianismo.
Outro aspecto é se o movimento utiliza-se de rituais, com caráter religioso próprio, ou se está fundamentado numa atitude filosófica e prática. O predomínio de um ou outro aspecto caracteriza diferentes movimentos satanistas.


Anton Szandor LaVey:



Nome de nascimento era "Howard Stanton Levey". conhecido por Anton Szandor LaVey nasceu na cidade de Chicago, em 11 de abril de 1930 - Faleceu em 29 de outubro, 1997. Fundou a Igreja de Satã no ano de 1966 em San Francisco, Califórnia, EUA. Além de líder da primeira organização abertamente satânica da história, LaVey também trabalhou como músico, fotógrafo forense, ocultista e domador de feras em circos.
Esta é uma das poucas informações coerentes sobre sua vida. De resto, há um grande conflito em sua biografia. LaVey teria recebido ensinamentos ocultistas de sua avó cigana. Ainda teria viajado para a Alemanha ao lado de um tio, e trabalhado em circos, cabarés e até mesmo na Polícia de San Francisco. LaVey também teria vivido romances com as atrizes Marilyn Monroe e Jayne Mansfield.
Em 30 de abril de 1966, foi fundada a Igreja de Satã (Church of Satan) por Anton LaVey. Apesar de já haver grupos como o Hell Fire Club e o Abbey of Thelema, que cultivavam uma linha semelhante, a Igreja de Satã foi a primeira organização reconhecida como religião dedicada às filosofias satânicas, e considerada a precursora do satanismo moderno. É provável que o nome Church of Satan tenha sido adotado como uma forma de causar um impacto polêmico e chamar a atenção da imprensa. As "Missas Satânicas", que eram paródias das missas cristãs, possivelmente foram criadas com o mesmo objetivo. Portanto, seriam apenas recursos publicitários empregados por LaVey.
Assim, a Igreja de Satã recebeu uma atenção muito grande por parte da sociedade e da imprensa americana, logo atingindo uma notoriedade mundial. LaVey passou a ser considerado o Papa Negro e sua esposa Diane Hegarty, foi nomeada Suma Sacerdotisa.
Em 1º de fevereiro de 1967, ocorreu em San Francisco a cerimônia de casamento entre John Raymond, jornalista político, com Judith Case, filha de um conhecido advogado de Nova York. Apesar de não ser o primeiro casamento satânico realizado por Anton LaVey, a fama de John e Judith serem de famílias abastadas, despertou grande interesse e a cerimônia tornou-se um evento amplamente coberto pela imprensa.
Em maio do mesmo ano, LaVey conduziu o batismo de sua filha de três anos, Zeena. Foi o primeiro batismo satânico da história. Zeena vestia um manto vermelho e usava um medalhão com a imagem de Baphomet, enquanto seu pai recitava uma invocação que futuramente foi incluída no livro Satanic Rituals.


Em 1969, a Igreja já contava com 10 mil adeptos em todo o mundo. Anton LaVey publicou The Satanic Bible, que se tornaria a principal referência do Satanismo. Ainda seguiram-se The Compleat Witch em 1970 (posteriormente revisto e editado como The Satanic Witch) e em 1972, The Satanic Rituals.


A Igreja desenvolvia sua estrutura e hierarquia nas décadas de 70 e 80. Em 1984, Anton LaVey separa-se de Diane e sua filha Zeena ocupa a posição de Suma Sacerdotisa. Nesse período, asMissas Negras e outras cerimônias deixam de ser realizadas devido a intolerância de grupos cristãos.


Anton LaVey passa a administrá-la apenas através do Boletim Oficial The Cloven Hoof. Em 1988, este informativo foi extinto e algumas publicações independentes tornaram-se a forma de interagir os adeptos em diversas partes do mundo. Ainda houve um grupo que se desligou da Igreja e formou o Temple of Set (relativo à divindade egípcia Set).


Anton LaVey faleceu em outubro de 1997 devido a um edema pulmonar. Atualmente, a Igreja é presidida por Peter Gilmore.


Por: Spectrum


Satanismo de LaVey


Satanismo


O Satanismo de LaVey é o nome dado à forma de Satanismo sistematizada por Anton LaVey na Bíblia Satânica e outras obras. Dentro deste Satanismo , Satã é visto como uma força da natureza que deve ser desenvolvida pelo seu praticante através das práticas da magia.


Os nove pecados satânicos:


1.Estupidez: "Satanistas devem aprender a ver através dos truques."


2.Pretensão: "Posturas vazias não estão de acordo com as regras capitais da Magia."


3.Solipsismo:


4.Auto-engano/auto-ilusão


5.Conformismo de massa


6.Falta de perspectiva


7.Negligência (ou esquecimento) dos ortodoxos passados


8.Orgulho contra produtivo


9.Falta de estética.







No satanismo, as pessoas não seguem nenhum tipo de livro religioso, como a Bíblia. A Bíblia Satânica de Lavey é como um livro de base, para as pessoas conhecerem sobre o satanismo. Ainda assim, esse livro é cheio de falsas informações para "filtrar" as pessoas que são realmente dignas de se auto-denominarem "satanistas" (Lembrando que um dos pecados capitais do Satanismo é a Estupidez).


A Igreja de Satã (Inglês: Church of Satan) foi a primeira organização religiosa abertamente satânica, fundada por Anton Szandor LaVey, intitulado pelos seus seguidores como "O Papa Negro".


Grupos satanistas já existiam nos Estados Unidos e no Reino Unido em 1950, mas foi em 30 de abril de 1966, quando LaVey anunciou a criação da Igreja, que foi reconhecida a primeira organização religiosa dedicada às filosofias satânicas. É provável que o nome Igreja de Satã tenha sido adotado como forma de causar impacto e chamar a atenção da imprensa, bem como a realização das Missas Satânicas, que eram paródias das missas cristãs e voltadas à sociedade de Hollywood. Também há a crença de que, além da provocação, o nome tenha sido escolhido por representar o não-espiritual, a carne e também o homem-deus (auto-realizado). O Satanismo de LaVey é em sua essência umafilosofia humanista e anticristã, principalmente em relação à repressão sexual e ao sentimento de culpa cristão.


O satanismo não prega o culto a Satã como o demônio descrito pelas religiões monoteístas, mas sim por seu significado. A palavra Satã significa "adversário" e foi adotada pelos satanistas como meio de representar a oposição aos dogmas cristãos estabelecidos.


Neo-satanismo:


No neo-satanismo, Satanás (não existe diabo) não é visto como uma entidade viva, mas sim como um símbolo de vitalidade, poder, virilidade, sexualidade e sensualidade. Satanás é visto como uma força da natureza, não uma divindade viva. O conceito a respeito de Satanás não tem nada que ver com o inferno, demônios, tortura sádica ou o Mal. Satanás não passa de representações para sentimentos naturais humanos.


Já no satanismo, não existe o culto ao diabo. O satanismo é uma filosofia de vida, a palavra Satã significa opositor (opositor a Deus no caso do cristianismo). Logo, o satanismo clássico é uma filosofia de pensar e agir


OUTROS TIPOS DE SATANISMO:




Luciferanismo:


O Luciferanismo pode ser considerado uma derivação da filosofia empregada no Satanismo. Seus seguidores não cultuam Lúcifer (Lúcifer é visto como um Anjo, e não como a personificação do mal no cristianismo), mas o vêem como uma referência para alcançar a Iluminação Espiritual. Sendo que a origem de seu nome significa Portador da Luz. 


Satanismo Gótico:


Neste caso, o termo Gótico é sinônimo de Medieval. Esta variação faz parte apenas das lendas criadas na Idade Média pela Igreja Católica para atemorizar os cristãos e servir de acusação nos processos inquisitórios. O caso das Bruxas de Salém em 1692, é um exemplo. Nesta variação lendária do Satanismo, seus adeptos sacrificavam crianças e animais em rituais de magia destrutiva.


Dabblers Satânicos:


Está principalmente associada aos modismos adolescentes. Seus adeptos ensaiam rituais esporádicos de magia utilizando-se do sacrifício de pequenos animais. É essencialmente uma forma de anticristianismo, onde os Dabblers (aficionados) adoram o demônio conhecido no cristianismo e se camuflam sob uma condição que julgam satânica. Igualmente chamado de Devil Worshippers (Adoradores do Demônio), também está associado a delinqüentes que alegam cometer os crimes motivados por Satã.


Satanismo Religioso:


É a forma mais difundida de Satanismo. Possui dogmas e a bíblia satânica. Também abriga aspectos místicos e cerimoniais, como batizado e casamento, que o caracterizam como uma religião. Porém, não há uma divindade cultuada nem conceitos sobre céu e inferno, bem e mal ou deus e diabo. A Church of Satan e o Temple of Set são exemplos do satanismo religioso.


BAPHOMET, Pentagrama e a Cruz Invertida:







Em meio às diversas polêmicas que compõem o tema do satanismo, alguns pontos não ficam totalmente esclarecidos. Por exemplo, a representação de uma cabra com corpo humano encontrada nos cultos do satanismo religioso é denominada Baphomet, que já era conhecida desde os tempos pré-cristãos.


Portanto, não possui nenhuma relação com o demônio conhecido no cristianismo. Para os satanistas, Baphomet é uma energia da natureza que os motiva a conseguir seus objetivos . Neste caso, a cabra com corpo humano e asas simboliza força, fertilidade e liberdade, características muito valorizadas pelos povos pagãos.


O pentagrama é um símbolo encontrado originalmente nas culturas pré-cristãs com diversos significados. No caso do satanismo religioso, é utilizado com duas pontas voltadas para cima, simbolizando a face de Baphomet (bode).






A origem da cruz invertida nos remete a São Pedro, que não se julgava digno de morrer como Jesus e pediu para ser crucificado de cabeça para baixo. Este símbolo é encontrado na Basílica do Vaticano, no trono ocupado pelo Papa, etc.


Porém, a Cruz invertida também foi adotada por grupos que se intitulam satanistas ou anticristãos.




FAUNOS:







Baphomet, vem de longe (antes da era Cristã), visualmente pode estar relacionado ao Deus Pã (Grego), os latinos chamavam-no também deFauno e Silvano.


Fauno era uma divindade romana dos campos, bosques, pastores e da profecia.


Sua aparência lembrava bastante Pã (Grécia), com chifres curtos enroscado (carneiro, bode), orelhas pontudas e pés com cascos grossos, barba rala, cavanhaque em algumas pinturas.


Ser da natureza, supostamente um elemental. Da mesma categoria do nosso Saci Pererê.


Há ainda antigas descrições que mostram Fauno com as pernas e a cauda de um gamo e uma pele suave no corpo, com braços e face de um bonito jovem. A ele atribui-se a criação da charamela, um tipo de flauta.


Fontes:


Wikipédia,




Spectrum, http://www.spectrumgothic.com.br/ocultismo/crencas/satanismo.htm




A Bíblia Satânica - Anton Szandor LaVey,




Fui Um Deles - F. Carvalho (Conjunto de informações que questionam a vida de LaVey).




Gato Místico.DIABO







Diabo (do latim diabolus, por sua vez do grego antigo διάβολος, transl. diábolos, "aquele que separa") é o nome mais comum atribuído à entidade sobrenatural maligna da Tradição judaico-cristã, o Satanás.


É a representação do mal, com sua suposta forma original de um anjo Querubim, um anjo de alto escalão da hierarquia angelical, que foiexpulso dos Céus por nele se encontrar o princípio da corrupção universal.


Com seu parecer ainda desconhecido, muitas são as tentativas de reproduzi-lo. O mais popular o levaria a ter uma cor vermelha, com feições humanas, mas com chifres, rabo pontiagudo e um tridente na mão, para remeter a um cetro.


Alguns acreditam que este parecer foi criada, sobretudo, pela Igreja Católica.


Tal opinião alega que, como ela poderia perder seus fiéis para o paganismo, apropriou-se de um elemento de cada deus pagão e reuniu-os, para que toda vez que um de seus fiéis olhasse para uma divindade sentisse medo, associando-a a Satanás[carece de fontes?]. Assim a perda de fiéis diminuiu notavelmente.[carece de fontes?]


Outra forma também comum quanto ao parecer corresponde a de um ser metade humano, metade bode, com o pentagrama invertido inscritos no corpo (imagem de Baphomet), embora não tenha ligação com Baphomet, que foi a imagem iniciada pela Igreja Católica.


Fonte: Wikipédia


DICIONÁRIO DE DEMÔNIOS:


A


Abaddon - (hebreu) o destruidor.
Adramelech - demônio sumeriano.
Ahpuch - demônio maia.
Ahriman - demônio mazdeano
Amon - deus egípcio da vida e reprodução, com cabeça de carneiro
Apollyon - sinônimo grego para Satan, o arquidemonio.
Asmodeus - Asmodeus é tido como um dos cinco príncipes do inferno. Asmodeus (também Asmodai) é o demónio do sexo e da Luxúria, podendo tanto desunir como unir casais. Nos Livros Apócrifos (Livro de Tobias) é este o demónio responsável pela morte dos noivos de Sara
Certas teses demonológicas advogam que Asmodeus é filho de Adão e Lilith, sendo que foi gerado quando Lilith ainda era esposa de Adão e ambos viviam no paraíso. Mais tarde Lucifer veio a possuir Eva (a segunda mulher de Adão), e desse segundo relacionamento sexual nasceu Caim. Caim e Asmodeus são por isso os primeiros primogénitos da história humana, ambos condenados aos domínios infernais.
Astaroth - Este demônio encontra-se referido na obra de Salomão, assim como no Dictionnaire Infernal.
Astaroth é um demônio da primeira e mais alta hierarquia, que influi sobre os pecados da preguiça e vaidade.
Este demónio possui também a capacidade de ensinar ciências matemáticas, assim como de revelar tesouros escondidos.
Astaroth pode também responder a todas as perguntas que se lhe colocarem, se formuladas de acordo com os devidos procedimentos ritualisticos.


Astarte - Rainha dos espítos mortos, esposa de Ashtaroth.
Azazel - (hebreu) instruiu os homens a criarem armas de guerra, introduziu os cosméticos.




B


Baalberith - senhor canaanita da Convenção, que se tornou mais tarde um demônio.
Balaam - demônio grego da avareza e cobiça.
Baphomet - adorado pelos Templários como símbolo de Satan.
Bast - deusa egípcia do prazer representada pelo gato.
Beelzebuth - (hebreu) senhor das moscas, tomada do simbolismo do escaravelho.
Behemoth - personificação hebraica de Satan na forma de um elefante.
Beherit - nome sírio para Satan.
Bile - deus celta do inferno.




C


Chemosh - deus nacional de Moabites, mais tarde um demônio.
Cimeries - monta um cavalo negro e rege a África.
Coyote - demônio do índio americano.


Clauneck - Demônio dos tesouros.
Clisthert - Demônio que transforma o dia em noite.
Colopatiron - Ajusta as prisões abertas.
Cresil - Demônio das impuresas.


D


Dagon - demônio filisteu vingativo do mar.
Damballa - deusa serpente do Vodu.


Dantalian - Um dos 72 espíritos de Salomão (mais a frente abordaremos esse assunto).
Demogorgon - nome grego para demônio, diz-se que não seria conhecido pelos mortais.
Diabolus - (grego) "fluindo para baixo".
Dracula - nome romeno para demônio. Vampiro, príncipe da noite e das trevas




E


Eblis - Deus do fogo, o arcanjo"Lúcifer".


Emma-O - regente japonês do inferno.


Euronymous - príncipe grego da morte.




F


Fenriz - filho de Loki, descrito como um lobo.


Feurety - Cuida do fogo do palácio de Satanaz.
Furfor - Contador do inferno.


G


Geryon - Centauro guardião do inferno.
Guland - Causa todos os males.
Gorgo - diminutivo de Demogorgon, nome grego para demônio.




H


Haborym - sinônimo grego para Satan.
Hades - Deus grego dos Inferno.


Hecate - deusa grega do mundo subterrâneo e feitiçaria.




I


Ishtar - deusa babilônica da fertilidade.






J
Jezebedth - Demônio da falsidade.




K


Kali - (hindu) filha de Shiva, alta sacerdotisa de Thuggees.




L


Leviathan - (hebreu), a serpente.
Lilith - demônio feminino hebraico, primeira mulher de Adão que lhe ensinou as cordas.
Loki - demônio teutônico.


Lúcifer: Diabo, satanás, representa a oposição a Deus pela bíblia cristã, pelos hebreus. Significa literalmente estrela da manhã.




M


Mammon - deus aramaico da riqueza e do lucro.
Mania - deusa etrusca do inferno.
Mantus - deus etrusco do inferno.
Marduk - deus da cidade de Babilônia.
Mastema - sinônimo hebreu para Satan.
Melek Taus - demônio yesidi.
Mephistopheles - (grego) quem evita luz, Faustus.
Metzli - deusa azteca da noite.
Mictian - deus azteca da morte.
Midgard - filho de Loki, descrito como uma serpente.
Milcom - demônio amônia.
Moloch - demônio fenício e canaanita.
Mormo - (grego) rei dos Ghouls, consorte de Hecate.




N


Naamah - demônio feminino grego da sedução.
Nergal - deus babilônico do Hades.
Nihasa - demônio do índio americano.
Nija - deus polaco do mundo subterrâneo.




0


O-Yama - nome japonês para Satan.




P


Pan (Pã) - Deus grego da luxúria, depois relegado ao demonismo.
Plutão - deus romanodo mundo subterrâneo (o mesmo Hades dos gregos).
Proserpine - rainha grega do mundo subterrâneo.
Pwcca - nome Gales para Satan.




R


Rimmon - demônio sírio adorado em Damasco.




S


Sabazios - demônio frigio, identificado com Dyonisus, adorado como serpente.
Saitan - equivalente enoquiano de Satan.
Sammael - (hebreu) "Veneno de Deus".
Samnu - demônio da Ásia Central.
Sedit - demônio do índio americano.
Sekhmet - deusa egípcia da vingança.
Set - demônio egípcio.
Shaitan - nome árabe para Satan.
Shiva - Na tradição hindu, Shiva é o destruidor, que destrói para construir algo novo, motivo pelo qual muitos o chamam de "renovador" ou "transformador".
Supay - Deus inca do mundo subterrâneo.






T


T'an-mo - contraparte chinesa para demônio, cobiça, desejo.
Tchort - nome russo para Satan, "Deus Negro".
Tezcatlipoca - nome azteca do inferno.
Thamuz - deus sumeriano que mais tarde foi relegado ao demonismo.
Thoth - deus egípcio da magia.
Tunrida - demônio feminino escandinavo.
Typhon - personificação grega de Satan.




Y


Yaotzin - Deus azteca do inferno.
Yen-lo-Wang - regente chinês do inferno.






V
Verin - Demônio da impaciência.


Z
Zeernebooch - (alemão), monarca do império da morte.






Fonte: Coletânea de diversas obras.


PACTO COM O DEMÔNIO


As histórias de pactos entre humanos e as forças do Mal são tão comuns no passado longínquo como hoje em dia. A forma de se realizar esses "contratos" que envolvem nossa alma imortal certamente mudou com o tempo, mas a figura do demônio continua sendo muito atraente para algumas pessoas.


Alex Alprim e Gilberto Schoereder





Na maioria das histórias populares sobre pessoas que fizeram o famoso pacto com o demônio, os humanos sempre se dão mal. Com exceção de


alguns pequenos contos, mais humorísticos do que outra coisa, o Mal sempre leva a vantagem, seja escrevendo aquelas letras miúdas num contrato, seja não contando toda a verdade a respeito de como ele vai "cumprir" o pacto. E, mesmo quando nada disso exista, a pessoa já sabe que, ao final do contrato, ela vai ter que pagar entregando sua alma imortal e passando a eternidade em sofrimento. De uma forma ou de outra, o final da história é sempre desfavorável aos mais fracos: nós.


Então, por que essas histórias - e as tentativas reais de se pactuar com o Mal - atraem tanto a humanidade ao longo do tempo? Para algumas pessoas, pode ser devido à facilidade de se obter agora, já, uma felicidade que as forças do Bem geralmente prometem para um futuro etéreo, distante, pós-morte e, portanto, invisível e mais difícil de ser visualizado.


Até onde se sabe, as tentativas de se comunicar e conhecer o mundo invisível, ou espiritual, datam do início da humanidade. O homem primitivo já procurava, de forma intuitiva, obter o conhecimento de forças que se encontravam além de sua compreensão e identificação imediata. Pode-se chamar de forças espirituais, sobrenaturais, divinas, demoníacas; o que se quiser. Para escapar da decadência da idade, das doenças, das incertezas do destino, para superar as limitações físicas e mentais e garantir sua sobrevivência no dia-a-dia, os primeiros seres humanos buscavam favores das divindades utilizando sacrifícios e rituais que invocavam as forças invisíveis que porventura estivessem agindo em cada. caso.


No reinado de Luís XIV, vários nobres participaram de rituais de sangue, com assassinato de centenas de crianças.


Mas não era uma adoração unicamente inocente.





Já se acreditava na existência de uma força benigna e de outra maligna, esta última agindo nas sombras e capaz de prejudicar as pessoas.


COM O SURGIMENTO DAS PRIMEIRAS SOCIEDADES ORGANIZADAS, as prioridades mudaram. O que era apenas uma questão de sobrevivência passou a abrigar outros pensamentos e desejos, como o de obter poder e de se sobressair nos clãs. Assim, a tentativa de contato com as forças espirituais ganhou novos contornos: o Mal deixou de ser necessariamente um inimigo, e se tornou um eventual aliado poderoso.


Essa crença do homem na existência do Mal está presente em todas as eras da humanidade. No Egito antigo e na Mesopotâmia, surgiram hordas de gênios e de forças demoníacas; elas faziam parte de todas as atividades diárias e prejudicavam o homem fazendo-o adoecer e trazendo a infelicidade para sua vida.


No entanto, foi apenas na Pérsia, com o Zoroastrismo, que o Mal se personificou e ganhou um nome e uma face: Angra-Manyu, que se contrapunha à face do Bem, Ahura-Mazda. Ambos devem lutar até o fim dos tempos pela supremacia cósmica.


Na Bíblia - que sofreu forte influência do Zoroastrismo - temos a menção de uma força maligna personificada na queda do anjo Lúcifer (Luz da Manhã), que depois se torna Satanás (O Adversário). Segundo os estudos bíblicos, sua queda foi resultado da recusa, por orgulho, em adorar o homem como teria sido ordenado por Deus; ele acreditava que os homens é que deveriam adorar os anjos, e não o contrário. Também caíram os anjos que o apoiaram, formando assim as hostes demoníacas.Satanás luta contra as obras divinas procurando destituir a humanidade de sua natureza divina e tentando provar que o homem é indigno da deferência exigida por Deus. O Mal é identificado e suas ações são combatidas numa luta eterna, semelhante àquelas que os homens primitivos travavam no princípio de suas buscas espirituais: tudo o que prejudicava humanidade era fruto do Mal e a luta contra suas ações envolvia os homens de fé.





No Gênesis, Adão e Eva são tentados e expulsos do Paraíso pelas ações de Satanás. Ele é a força que instiga a queda, a inveja, o medo, a infelicidade, um Adversário dedicado a sobrepujar o homem e, em última instância, destruí-lo. Mas na visão judaico cristã, existe a garantia de que, no fim dos tempos, o Mal será sobrepujado e o homem e o Bem vencerão.


NA IDADE MÉDIA, O DEMÔNIO ESTAVA EM TODOS OS LUGARES; sua presença era sentida debaixo de cada pedra, em cada sombra. É como se, na verdade, Deus estivesse perdendo a guerra contra o Mal. Os monges cristãos, principalmente os anacoretas do deserto, relatavam encontros com tais entidades. Surgiam descrições detalhadas das hordas demoníacas e de suas atribuições. O cristianismo se expandia pela Europa e entrava em choque com as crenças pagãs locais, em alguns casos, crenças milenares.Tudo o que não podia ser transformado em culto e objeto cristão era creditado ao demônio. As bruxas, ou melhor, as mulheres sábias, passaram a ser consideradas servas das forças malignas. Não importava se curavam doentes ou se ajudavam na fertilidade das plantações; todas eram perseguidas como tendo feito um pacto com o demônio e sofriam torturas e a morte, geralmente na fogueira.


Os deuses pagãos europeus ganharam espaço ao lado dos anjos caídos nos exércitos demoníacos. A Igreja usou a figura do deus Cernunnos - figura clássica do Deus Co mudo - como representação básica do demônio. Satanás já não era um anjo furioso e belo, mas sim, um ser zoomórfico, um bode que mesclava a aparência bestial com a humana.


O homem da Idade Média temia o demônio, mas reconhecia nele o poder e chegava a lhe pedir favores, ainda que sempre temendo ser descoberto pelos padres e submetido ao julgamento da Igreja. Contudo, sua vida diária era atribulada, cheia de inseguranças, medo e dor. A fome e as doenças atingiram . níveis assustadores; as guerras eram constantes e a falta de esperança no futuro era generalizada.





Os feudos lutavam entre si e a população assumia os riscos e o peso de sustentar guerras que duravam gerações. Como os antigos deuses faziam parte das hostes demoníacas, os camponeses não podiam recorrer a eles para lhes garantir a colheita e escapar do universo opressivo em que viviam. Com isso, surgiram condições para se desenvolver uma nova forma de bruxaria e de culto, que invocava as forças do diabo e de suas hostes para extravasar suas frustrações, ter prazeres que lhes eram negados e escapar das opressões.






Enquanto no sabá da bruxaria tradicional as celebrações tinham como objeto a Deusa e uma estrutura ritualística matriarcal ligada à adoração dos deuses da natureza e da terra sem menção ao inferno ou ao pecado e à danação eterna - nos cultos ao diabo era clara a oposição à Igreja.


Havia uma negação das verdades cristãs, um rompimento com os dogmas religiosos e uma aceitação da via demoníaca como forma de conquistar as metas e objetivos, fossem individuais ou coletivos. O batismo cristão era renegado, os envolvidos no culto ganhavam um batismo em nome do Diabo, e uma marca do seu compromisso.


DURANTE o SABÁ SATÂNICO, EM MEIO A COMIDAS E DANÇAS, consumia-se grande quantidade de bebidas, o que fazia aflorar desejos reprimidos, embalados por ritmos crescentes. Geralmente, terminavam em orgias que culminavam com missas oficiadas de forma a serem paródias dos cultos católicos.


Na alta Idade Média (do século 5 ao século 10), a figura do diabo, os cultos e as liturgias - já muito distantes dos sabás tradicionais das bruxas - atingiram seu auge, com grande número de pessoas participando ativamente. Com a notoriedade dos rituais, a Igreja Católica intensificou os tribunais inquisitórios.


Já na baixa Idade Média (do século 10 ao século 15), as perseguições religiosas levaram essas práticas a quase desaparecem. Mas o comércio, que estava em decadência no período anterior, ressurge, e as trocas comerciais estimulam o intercâmbio entre o Oriente e a Europa. Um grande fluxo de estudiosos, magistas e alquimistas transitam pelos feudos e reinos. Surgem os grimórios - livros que incluem fórmulas mágicas para várias aplicações - e as práticas satânicas sobrevivem nos porões dos castelos.No reinado de Luís XIV (1638-1715), os salões da nobreza se tornaram palco de eventos que figuraram entre os mais hediondos da história da França. Embora existisse a proibição dos rituais, as autoridades fingiam não ver. Vários nobres - entre os quais a principal amante do rei - cometiam atos hediondos, como o assassinato de centenas de crianças em rituais de magia, usando seu sangue nas missas e rituais diabólicos; heresias contra símbolos católicos e o envenenamento de rivais, fosse por meio de pós e ungüentos ou pelo uso de feitiços malignos.


Durante as missas negras, o sacrifício de crianças, as orgias e assassinatos eram a regra. Feiticeiros, clérigos apóstatas e supostos magos cometiam crimes e angariavam seguidores com ameaças e chantagens. O próprio rei chegou a sofrer com a situação; ele e sua preferida, Mme. Fontages, foram ameaçados de morte. Posteriormente, o rei tomou medidas duras e impôs controles para evitar que tais práticas continuassem a prosperar, estabelecendo penas e castigos que atingiam até mesmo aqueles que lhe eram próximos.


Com o clima de denúncias e delações que se estabeleceu, os cultos coletivos se tornaram perigosos e diminuíram. Mas os nobres e membros da burguesia nascente continuaram a buscar outras vias para vencer as adversidades e obter poder. Alimentados pela ambição e pela inveja, buscaram o pacto com o diabo, pois a união com as forças demoníacas é uma promessa de que tudo isso será conseguido de forma rápida e infalível, resultando num domínio mágico do universo visível e invisível.


No entanto, falar dos pactos entre Satanás e os homens pode resultar em graves erros de julgamento de natureza moral e ética, pois vários relatos desses pactos eram baseados em mentiras ou eram frutos do interesse da Igreja na luta contra as crenças pagãs. Ainda assim, o mágico e o fantástico continuam a se insinuar nas histórias. A mais conhecida delas, Fausto, de Goethe (1749-1832), veio a influenciar todas as histórias subseqüentes.















FAUSTO É UMA FIGURA CONTROVERSA. HÁ os QUE ACREDITAM QUE ele teria sido uma pessoa real e não apenas um personagem, e que teria firmado um pacto com as forças demoníacas. Afirma-se que existiu um Fust que viveu na Alemanha e que teria sido sócio de Johan Gutenberg (c. 1400-1468), mas nem todos os pesquisadores dessa época da história confirmam essa afirmação.


A lenda diz que Fausto, estando em péssima situação financeira e com seu pai extremamente doente, pensou que faria qualquer coisa para salvar o pai e sair da miséria, até mesmo vender sua alma imortal ao diabo. Nesse instante, um cão que sempre o acompanhava começou a uivar e a se transformar no demônio. Com um giz, Fausto traçou um círculo de proteção à sua volta e recitou uma conjuração, obrigando o demônio a se manifestar.


Quem lhe apareceu foi Mefistófeles, o mais importante dos anjos caídos a seguir a Satanás, e o mais temido dos chefes infernais. O pacto que Mefistófeles lhe apresenta é o agora já clássico: oferece saúde, riqueza e poderes sobrenaturais em troca de sua alma imortal, num contrato com duração de 24 anos. Assim, Fausto teve tudo o que desejava, mas se apaixonou por uma mulher que recusou suas investidas. Mefistófeles viu seus planos perturbados por esse amor e tentou fazer com que Fausto se esquecesse dela trazendo, do passado, mulheres lindas e famosas como Helena de Tróia e Cleópatra. Mas ele não se esqueceu de seu amor e acabou conquistando-a. Quando o tempo do contrato venceu, Fausto tentou fugir de Mefistófeles, mas sem sucesso: sua alma foi consumida e enviada para o inferno.


Outra história famosa de pacto é a de São Cipriano, figura conhecida de qualquer estudante de ocultismo, com seu livro que reuniria centenas de feitiços e fórmulas de feitiçaria, assim como informações para conjurar e estabelecer um pacto com o demônio.


Cipriano, o Feiticeiro, nasceu na Antioquia, por volta de 250 d.C. Recebeu uma educação profunda nos mistérios das ciências antigas e ocultas. Estudou todos os ramos da magia que estavam ao seu alcance, diz-se que manteve contato com diversas forças espirituais e demônios. As informações a seu respeito também dizem que ele teria aprendido tudo com a famosa bruxa de Évora, que lhe deixou vários manuscritos que, posteriormente, iriam se tornar seu livro mais conhecido, o Capa Preta.



Cipriano teria feito um pacto com o demônio para ampliar seus poderes, conjurando espíritos, construindo castelos em pleno ar e sendo servido por potências infernais, aterrorizando os governantes. Cipriano se converteu ao cristianismo depois de tentar, sem sucesso, usar sua arte diabólica para conquistar o amor de uma mulher, em nome de um jovem que o procurara. Cipriano descobriu que a mulher tinha se convertido ao cristianismo e que o Deus dos cristãos era também o senhor do demônio e, assim, não havia como vencê-lo.


Depois de convertido, São Cipriano foi preso pelo imperador romano Diocleciano, sendo torturado e morto, tornando-se um mártir cristão.


capacidade para tal, mas principalmente por não perceber exatamente onde se encontra a tal da felicidade, em que ela consiste. o


Aquilo que, em tempos passados, era uma busca ocasional pelo poder e por riquezas, se transformou numa obsessão. O mundo moderno - com sua enxurrada de produtos e comportamentos que são apresentados diariamente às o deus Cernunnos pessoas como coisas indispensáveis às suas vidas - criou uma necessidade de se estabelecer pactos de várias espécies.


Se for possível definir o Mal de uma forma mais abrangente, entendendo-o como sendo alguns ingredientes da vida moderna como a política, os absolutamente necessários 15 minutos de fama, a necessidade compulsiva de consumir, de ser melhor, de se destacar custe o que custar, então será possível dizer que os pactos com o Mal estão mais presentes do que nunca, e as formas de se realizar esses pactos deixaram de ser tão facilmente detectadas, O próprio demônio já não é tão facilmente identificável; ele tem assumido muitas caras, diferentes atitudes aparentemente inocentes, embaladas de forma atraente.


Nas casas dos prováveis pactuantes modernos, provavelmente não vamos encontrar pentagramas desenhados no chão, velas, livros negros de orações para os demônios e outros objetos que, no passado, eram necessários para estabelecer essa ligação com o lado sombrio e negativo do mundo invisível. Hoje, essa ligação é quase direta, porque é possível entender que esse lado sombrio já não é tão invisível quanto já foi, e já não está tão distante do nosso mundo quanto já esteve.


A dimensão paralela do Mal já estabeleceu bases sólidas em nossa própria dimensão, e age a partir dela. Qualquer pacto pode ser feito diretamente com os representantes do demônio em nosso planeta.




Na verdade, a pessoa pode estar fazendo esse pacto até mesmo sem saber. Os representantes do demônio na Terra são muitos, bastante atuantes e facilmente identificáveis para aqueles que têm olhos para ver.


Retirado na integra da Revista SEXTO SENTIDO - Ano 5 - Número 53




ARTISTAS ACUSADOS DE VENDER A ALMA AO DIABO:


Xuxa x Igreja Universal



A Rainha dos Baixinhos está movendo um processo contra o jornal “Folha Universal” da Igreja Universal do Reino de Deus – pedindo uma indenização de 3 milhões de reais por danos morais – que traz uma reportagem sobre um suposto pacto que Xuxa teria feito com o demo, belzebu, demônio (ele tem vários nomes).
“Contrato com o diabo” é o nome da manchete que diz que Xuxa vendeu sua alma ao diabo pela incrível quantia de 100 milhões de dólares.
Que coisa doida, a muito tempo “eles” falam que a Xuxa fez trato com o capeta, (se passar próximo a “loja” dá para escutar, eles gritam paca) mas deram mole e publicaram isso no jornal.
Será que eles realmente acham a Xuxa fez pacto com o diabo? Está certo que as crianças que ela “aturou” durante anos eram uns capetinhas, mas não quer dizer que ela fez um tato com eles.
Assessoria de imprensa da Rainha dos Baixinhos confirmou a ação, mas disse que ela não quer se pronunciar sobre o caso antes que o processo seja concluído.
Mas afirma que “respeita todas as religiões, tem fé e amor a Deus e toda sua vida foi voltada para fazer o bem, a exemplo do trabalho que desenvolve na fundação que leva o seu nome.”
Fala a verdade, alguém ai acredita no capeta?
Fonte: Babado


CONCLUSÃO DA JUSTIÇA:
Justiça do Rio condenou a Editora Gráfica Universal, da igreja do bispo Edir Macedo, a pagar a Xuxa Meneghel R$ 150 mil de danos morais por associá-la ao satanismo. 


Em agosto de 2008, a Folha Universal, de responsabilidade da editora da igreja, publicou um longo texto dando crédito a Josué Yrion, folclórico pastor brasileiro radicado nos Estados Unidos, segundo o qual a apresentadora da TV Globo vendeu sua alma para o diabo por U$ 100 milhões (R$ 168 milhões) para obter sucesso.


Na capa, o jornal abriu uma foto de Xuxa sob o título “Pacto com o Mal?”, conforme reprodução acima. Em uma página interna, publicou a foto de um homem de costas representando o demônio, com o título “Contrato com o Diabo”.


Em um vídeo postado no Youtube, e citado pela Folha Universal, Yrion diz coisas como a palavra Xuxa é composta por duas entidades do candombé (Exu e Orixa), que apresentadora doa sangue duas vezes por ano à Igreja do Satanás (em São Francisco, EUA) e que a boneca que leva o nome dela matou no Brasil uma menina.


A publicação da Igreja Universal ressalta que “Yrion parece conhecer do que fala”.


Para reforçar o tal pacto com o diabo, ela recorreu a outro vídeo em que a apresentadora canta “Cãozinho Xuxo”, música que, tocada de trás para frente, seria uma invocação ao diabo. Legendas induzem a essa interpretação.


Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br/entretenimento/2011/01/10/xuxa-ganha-indenizacao-de-jornal-por-dizer-que-ela-e-satanista.jhtm





ARTISTAS E BANDAS ASSOCIADAS AO PACTO COM O DEMÔNIO:
O primeiro estilo musical a sofrer acusação de envolvimento com ligações demoníacas foi o blues.
Muitas histórias sobre músicos ou bandas que teriam vendido suas almas ao diabo, bem ao estilo de Goethe.
Uma famosa lenda envolve Robert Johnson falecido em 1938 guitarrista e cantor americano do R&B. O caso que virou lenda diz que o cantor, depois de haver tentado varias vezes e sem sucesso uma carreira como músico, resolveu trocar sua alma pela fama. O mistério da história é que em menos de um 1 ano ele já era chamado de rei do Blues vendendo mais de um milhão de cópias. Seu pacto, tocar a meia noite em uma encruzilhada, até se encontrar com o Lúcifer/Satanás/Capiroto. GEROU O FILME A ENCRUZILHADA.
Trecho da musica Me and the devil blues


Hoje de manhã cedo
quando você bateu na minha porta
E eu disse "Olá, Satan, acho que é hora de ir"
Eu e o demônio andávamos lado a lado
Eu vou bater em minha mulher até ficar satisfeito
Ela diz que não sabe porque aquilo
Vou tratar ela como um cachorro
Deve ser aquele velho demônio
tão enterrado no chão
Você pode enterrar meu cadáver
na beira da estrada
Então meu velho demônio pode
pegar um ônibus e dirigir




Já no Rock temos vários outros exemplos, bandas como Black Sabbath, a bruxa do rock Alice Cooper, AC/DC,
Marylin Manson e Deicide são os que tem as histórias mais famosas:





Black Sabbath: Um dos primeiros grupos de ‘heavy metal’ da história e o primeiro a adotar publicamente temática e visual satânicos. Foi formado em 1968, varias letras da banda retratam o ocultismo.

















Alice Cooper: Vincent Furnier seu verdadeiro nome segundo ele próprio foi sugerido em uma sessão coma "a tábua de ouija" quase a mesma brincadeira do compasso ou jogo do copo
O espirito da Tábua teria lhe indicado seu nome artistico.
O visual do ROCKSTAR e sua maquiagem viriam sua marca registrada.











AC/DC: Formada em 1973, na Austrália a banda AC/DC é mais uma lenda de alma vendida ao demonio. Há malucos que dizem que o nome da banda significa
Anti Crist/ Death Christ.
Na capa de “Highway to Hell” de 1979, Angus Young está com chifres de demônio.















Marilyn Manson: Pouco antes da morte de Lavey fundador de uma igreja satânica e escritor de livros sobre magia e oultismo inclusive a "Bíblia Satânica" nomeou Marilyn como sacerdote satânista, tanto que é chamado também de "Reverendo"
Manson nega o pacto e não se intitula satanista apenas considera os mandamentos satanicos válidos.











Deicide: Banda americana que foi formada em 1987 tem como referencia o nome de :"dei" que significa "Deus", e "cide" significando "Aquele que mata". Assim "deicide" significa "Aquele Que Mata Deus".
As pertubantes letras e sua oposição a religiões causam muitos boatos divulgados distorcidamente na mídia.






Sendo verdade ou não, vale lembrar que cada um desses acima alcançou dinheiro e fama, mas por essas ligações com o capeta eles perderam alguns fãs, o que é uma pena, já que muitas que muitas bandas afirmam que só buscam este tipo de ligação com Satanás por puro marketing .






Fonte:http://www.clubedoscanalhos.com/2011/04/artistas-e-bandas-e-suas-historias-de.html








PINTURAS E IMAGENS MALDITAS:



O Retrato de Dorian Gray (Dorian Gray, 2009) seria um bem-vindo retorno do jovem eterno ao cinema, mas o filme do diretor londrino Oliver Parker também não faz justiça ao único romance de Oscar Wilde(1854-1900).


Frase atribuída a Wilde: todo autor, em seu primeiro romance, coloca-se como Cristo ou Fausto no lugar do personagem. A história de Dorian Gray - rapaz da alta sociedade inglesa no século 19 que tem seu retrato pintado por um artista e, encantado com a sua própria beleza na tela, pede em voz alta que nunca envelheça - tem as características de um pacto faustiano com o diabo. O teor religioso, porém, é marginal no livro. O Fausto de Goethe só serve a Wilde como um arquétipo.


Este "Retrato de Dorian Gray" é curioso. Um jovem que se envaidece de si mesmo, que se torna amante de si mesmo e da arte abstrata e pura, e que em seu nome de inanidades sociais, insensibiliza, diagnóstica e se auto-desculpa. Não há redenção naquele jovem, mesmo quando acaba por querer mudar de vida, já que o faz pelo fato novidade, pelo amor ao novo, à arte de viver... Cheia de ilustrações que ele já quase tinha esgotado numa vida sensaborona e sem interesse humano do que a vilanização do ser...


O romance, de forte cariz estético, conta a história fictícia de um homem jovem chamado Dorian Gray na Inglaterra aristocrática e hedonista do século XIX, que torna-se modelo para uma pintura do artista Basil Hallward. Dorian tornou-se não apenas modelo de Basil pela sua beleza física (um "Adônis que se diria feito de marfim e pétalas de rosa"), mas também tornou-se uma fonte de inspiração para outras obras e, implicitamente no texto, uma paixão platônica por parte do pintor. Mas o seu retrato, que Basil não quer expôr por ter colocado "muito de mim mesmo", foi sua grande obra-prima.


No entanto, segundo Henry, a beleza é efêmera. Até mesmo a inteligência lhe é prejudicial: "a beleza, a verdadeira beleza, acaba onde principia a expressão inteligente", enquanto que "a beleza é uma forma de gênio... mais elevada que o gênio, pois dispensa explicação". Dorian foi seduzido pelas palavras de Henry e pela tristeza de seu destino: "o senhor dispõe só de alguns anos para viver deveras, perfeitamente, plenamente. Quando a mocidade passar, a sua beleza ir-se-á com ela; então o senhor descobrirá que já não o aguardam triunfos, ou que só lhe restam as vitórias medíocres que a recordação do passado tornará mais amargas que destroçadas.".


Ao ver-se em seu retrato finalmente pronto, exaspera-se:


"Eu irei ficando velho, feio, horrível. Mas este retrato se conservará eternamente jovem. Nele, nunca serei mais idoso do que neste dia de junho... Se fosse o contrário! Se eu pudesse ser sempre moço, se o quadro envelhecesse!... Por isso, por esse milagre eu daria tudo! Sim, não há no mundo o que eu não estivesse pronto a dar em troca. Daria até a alma!" .


Fonte: Wikipedia e omelete.com


A LENDA DO QUADRO DO DIABO (QUADROS DE CRIANÇAS)
Posted on 27/02/2007, 2:37, by Hiro.



Eis que por acaso, devido ao tópico sobre pinturas em veludo negro, algumas almas gentis vindas de Portugal me escreveram informando mais sobre quadros de crianças chorando. Parece que eles foram muito, muito populares nas terrinhas de Cabral, mais até que no Brasil. Toda casa tinha um, era um ítem de decoração obrigatório como um galo de Barcelos ou paliteiro de porcelana
É impossível falar desses quadros sem falar da fama horrenda que os cerca. Graças aos correspondentes de Portugal, essa história ficou mais evidente. Fiquei curioso e procurei através dos links que eles me enviaram (são vários) como seria o danado do quadro amaldiçoado pra postar aqui.


E qual não foi minha surpresa em descobrir que TODOS os quadros de criança chorando são considerados do mal? Que todos os quadros com crianças chorando trazem tragédias pra casa, que trazem doenças e o diabo dança na mesa de jantar…essa lenda urbana não é brasileira, ela é comum em todos os países latinos e alguns outros da Europa, como Holanda e República Tcheca.


Todos eles dizem que se virar o quadro ao contrário, olhar a imagem em um espelho ou mesmo procurar atentamente você vai encontrar a cara do chifrudo!
Não é o que diz o ditado? Que o diabo mora nos detalhes? Hahaha!


Imaginem! Pintores fazendo pacto com o diabo! E pensava que a gente só fazia isso quando negociava valor de uma ilustração com o diabo do editor ou do art buyer.



A lenda urbana completa dizia que o Quadro do Menino Chorando, quando virado ao contrário, surgia a imagem do demônio. Não poderia ser queimado, senão liberaria o mofento. Nem poderia ser jogado no lixo, pois o quadro daria um jeito de retornar ao dono (!!!). O único jeito de se livrar do quadro era jogá-lo num rio que corresse para o sul e não olhar para trás!


Outras versões dizem que os quadros (todos!) foram pintados por um sujeito que pertencia à uma sociedade secreta em Barcelona que sacrificavam crianças para terem imortalidade!!


Algumas pessoas diziam que os quadros mudam de feição à meia-luz, outros dizem que os olhos dos meninos seguem você para onde você vai!


Na Inglaterra houve uma coisa parecida com histeria coletiva e até queimaram esses quadros em público,como se fosse um bota-fora anti-demônico. Se é verdade que queimando libera o capeta, foi depois disso (1985) que surgiu Margareth Tatcher.


Ok, “The Sun” não é a fonte de informação mais confiável, mas o tema permite….


Quer ver outra coisa bizarra relacionada com os quadros do diabo? Um fotograma de um vídeo de uma casa onde aconteceu combustão espontânea…com um quadro desses no fundo.


Botar fogo na casa e jogar a culpa numa criança bidimensional é de uma imaturidade atroz….e por mim o sujeito ainda colocou a imagem do quadro com ajuda de um Photoshop. “Ó mãe, o menino do quadro mandou botar fogo na casa”.


Agora, pra coisa ficar ainda mais estranha, encontrei um site muito, muito bizarro. O nome já diz tudo: Crying Boy Fan Club!!!


Já não bastasse o clamor brega das pinturas, a fama demoníaca encapada sob criancinhas soltando lagriminhas, agora existe um clube de adoradores de quadros de criança chorando! E ainda é holandês (você não vai conseguir clicar nada lá, parece que ainda tá em construção, a não ser um quadrado estranho que quando clicado dá uma mensagem de erro. Isso sim dá uma sensação ruim  na gente.


São 2 da manhã e vou parando por aqui senão EU vou começar a ver crianças chorando no corredor de casa (como em O Iluminado). Brrr!!!


Fonte:


http://www.hiro.art.br/widonid/2007/02/27/a-lenda-do-quadro-do-diabo/


ESPIRITISMO (ALLAN KARDEC):


O QUE PENSA O ESPIRITISMO SOBRE O PACTO COM O DEMÔNIO:


O ESPIRITISMO E O SATANISMO


LIVRO DOS ESPÍRITOS - página 100 questão 131
Se houvesse demônios, seriam obra de Deus. Mas, porventura, Deus seria justo e bom se houvera criado seres destinados eternamente ao mal e a permanecerem eternamente desgraçados?



Se há demônios, eles se encontram no mundo inferior em que habitais e em outros semelhantes. São esses homens hipócritas que fazem de um Deus justo um Deus mau e vingativo e que julgam agradá-lo por meio das abominações que praticam em seu nome.


A palavra demônio não implica a idéia de Espírito mau, senão na sua acepção moderna, porquanto o termo grego daïmon, donde ela derivou, significa gênio, inteligência e se aplica aos seres incorpóreos, bons ou maus, indistintamente. Por demônios, segundo a acepção vulgar da palavra, se entendem seres essencialmente malfazejos.






Como todas as coisas, eles teriam sido criados por Deus. Ora, Deus, que é soberanamente justo e bom, não pode ter criado seres prepostos, por sua natureza, ao mal e condenados por toda a eternidade. Se não fossem obra de Deus, existiriam, como Ele, desde toda a eternidade, ou então haveria muitas potências soberanas. A primeira condição de toda doutrina é ser lógica. Ora, à dos demônios, no sentido absoluto, falta esta base essencial.


Concebe-se que povos atrasados, os quais, por desconhecerem os atributos de Deus, admitem em suas crenças divindades maléficas, também admitam demônios; mas, é ilógico e contraditório que quem faz da bondade um dos atributos essenciais de Deus suponha haver Ele criado seres destinados ao mal e a praticá-lo perpetuamente, porque isso equivale a Lhe negar a bondade. Os partidários dos demônios se apóiam nas palavras do Cristo. Não seremos nós quem conteste a autoridade de seus ensinos, que desejáramos ver mais no coração do que na boca dos homens; porém, estarão aqueles partidários certos do sentido que ele dava a esse vocábulo? Não é sabido que a forma alegórica constitui um dos caracteres distintivos da sua linguagem?Dever-se-á tomar ao pé da letra tudo o que o Evangelho contém? Não precisamos de outra prova além da que nos fornece esta passagem: "Logo após esses dias de aflição, o Sol escurecerá e a Lua não mais dará sua luz, as estrelas cairão do céu e as potências do céu se abalarão. Em verdade vos digo que esta geração não passará, sem que todas estas coisas se tenham cumprido."
Não temos visto a Ciência contraditar a forma do texto bíblico, no tocante à Criação e ao movimento da Terra? Não se dará o mesmo com algumas figuras de que se serviu o Cristo, que tinha de falar de acordo com os tempos e os lugares? Não é possível que ele haja dito conscientemente uma falsidade. Assim, pois, se nas suas palavras há coisas que parecem chocar a razão, é que não as compreendemos bem, ou as interpretamos mal.


Os homens fizeram com os demônios o que fizeram com os Anjos.


Como acreditaram na existência de seres perfeitos desde toda a eternidade, tomaram os Espíritos inferiores por seres perpetuamente maus. Por demônios se devem entender osEspíritos impuros, que muitas vezes não valem mais do que as entidades designadas por esse nome, mas com a diferença de ser transitório o estado deles.


São Espíritos imperfeitos, que se rebelam contra as provas que lhes tocam e que, por isso, as sofrem mais longamente, porém que, a seu turno, chegarão a sair daquele estado, quando o quiserem. Poder-se-ia, pois, aceitar o termo demônio com esta restrição. Como o entendem atualmente, dando-se-lhe um sentido exclusivo, ele induziria em erro, com o fazer crer na existência de seres especiais criados para o mal. Satanás é evidentemente a personificação do mal sob forma alegórica, visto não se poder admitir que exista um ser mau a lutar, como de potência a potência, com a Divindade e cuja única preocupação consistisse em lhe contrariar os desígnios. Como precisa de figuras e imagens que lhe impressionem a imaginação, o homem pintou os seres incorpóreos sob uma forma material, com atributos que lembram as qualidades ou os defeitos humanos. É assim que os antigos, querendo personificar o Tempo, o pintaram com a figura de um velho munido de uma foice e uma ampulheta. Representá-lo pela figura de um mancebo fora contra-senso. O mesmo se verifica com as alegorias da fortuna, da verdade, etc. Os modernos representaram os Anjos, os puros Espíritos, por uma figura radiosa, de asas brancas, emblema da pureza; e Satanás com chifres, garras e os atributos da animalidade, emblema das paixões vis. O vulgo, que toma as coisas ao pé da letra, viu nesses emblemas individualidades reais, como vira outrora Saturno na alegoria do Tempo.


OBREIROS DA VIDA ETERNA – Francisco Cândido Xavier – André Luiz - página 232
As igrejas dogmáticas da Crosta Terrena possuem erradas noções acerca do diabo, mas, inegàvelmente, os diabos existem. Somos nós mesmos, quando, desviados dos divinos desígnios, pervertemos o coração e a inteligência, na satisfação de criminosos caprichos...




OPINIÃO DO ESPIRITISMO SOBRE O PACTO:


LIVRO DOS ESPÍRITOS: questão 549



Não há pactos. Há, porém, naturezas más que simpatizam com os maus Espíritos.


Por exemplo: queres atormentar o teu vizinho e não sabes como hás de fazer. Chamas então por Espíritos inferiores que, como tu, só querem o mal e que, para te ajudarem, exigem que também os sirvas em seus maus desígnios. Mas, não se segue que o teu vizinho não possa livrar-se deles por meio de uma conjuração oposta e pela ação da sua vontade.


Aquele que intenta praticar uma ação má, pelo simples fato de alimentar essa intenção, chama em seu auxílio maus Espíritos, aos quais fica então obrigado a servir, porque dele também precisam esses Espíritos, para o mal que queiram fazer. Nisto é que consiste o pacto.


O fato de o homem ficar, às vezes, na dependência dos Espíritos inferiores nasce de se entregar aos maus pensamentos que estes lhe sugerem e não de estipulação quaisquer que com eles faça. O pacto, no sentido vulgar do termo, é uma alegoria representativa da simpatia existente entre um indivíduo de natureza má e Espíritos malfazejos.


LIVRO DOS ESPÍRITOS - questão 550


São apenas lendas, as estórias em que figuram indivíduos que teriam vendido suas almas a Satanás para obterem certos favores.


Todas as fábulas encerram um ensinamento e um sentido moral. O vosso erro consiste em tomá-las ao pé da letra. Isso a que te referes é uma alegoria, que se pode explicar desta maneira: aquele que chama em seu auxílio os Espíritos, para deles obter riquezas, ou qualquer outro favor, rebela-se contra a Providência; renuncia à missão que recebeu e às provas que lhe cumpre suportar neste mundo. Sofrerá na vida futura as conseqüências desse ato. Não quer isto dizer que sua alma fique para sempre condenada à desgraça. Mas, desde que, em lugar de se desprender da matéria, nela cada vez se enterra mais, não terá, no mundo dos Espíritos, a satisfação de que haja gozado na Terra, até que tenha resgatado a sua falta, por meio de novas provas, talvez maiores e mais penosas. Coloca-se, por amor dos gozos materiais, na dependência dos Espíritos impuros. Estabelece-se assim, tacitamente, entre estes e o delinqüente, um pacto que o leva à sua perda, mas que lhe será sempre fácil romper, se o quiser firmemente, granjeando a assistência dos bons Espíritos.


Fontes:


http://www.guia.heu.nom.br/demonios.htm


http://www.guia.heu.nom.br/pactos.htm